Grécia - durante mais quatro meses...
Política

Grécia - durante mais quatro meses...


varoufakianismo
... se verá qual a evolução da situação, tendo sempre em mente que o Syriza, passe a propaganda odiosa lançada pelo radicalismo burguês, é uma força essencialmente social democrata disposta a aplicar um programa de centro-esquerda no sentido da terceira-via de Giddens, que propõe uma mera e mais que programada reviravolta no capitalismo na Europa para evitar a sua falência - não para produzir nenhuma "revolução socialista" sem base social de apoio nem condições geoestratégicas para tal, conforme imaginaram muitos arautos do nosso ultra-esquerdismo caseiro em menos de um mês. Nem o PCP, um partido essencialmente reformista, advogaria tamanha irresponsabilidade. Assim sendo, o governo Tsipras este fim de semana já congelou 404 milhões de euros de grandes depositantes, que não conseguiram provar a origem lícita do dinheiro. O programa de reformas da Grécia deverá obter 7,3 mil milhões de euros de receitas no combate à evasão fiscal e à corrupção - portanto, a Grécia está a inverter a situação dos governos neoliberais europeus que esbulham os cidadãos para salvar bancos.  O que é uma passo muito positivo que merece todo o apoio das classes trabalhadoras europeias e não a diabolização.
(Keep Talking Greece) Na proposta entregue hoje ao Eurogrupo a Grécia compromete-se tacticamente a pagar as dividas contraídas e a não pôr em risco as metas fiscais com medidas unilaterais (Infolibre). Em flash-back:
ultimato europeu?
Em 2011 a exposição dos bancos comerciais privados ao financiamento da dívida pública dos Estados era, no caso da Grécia, de 55,7 mil milhões de euros por parte dos franceses, 21,4 mm da banca alemã e de 10,1 mil milhões dos bancos portugueses. A exposição de Portugal era superior aos bancos dos Estados Unidos, que tinham 8,4 mm de investimentos no endividamento da Grécia. Como se sabe, os prejuízos da banca comercial infectada por produtos tóxicos nos balanços aldrabados foram transferidos para a esfera pública como dívida soberana do Estado – nem que tivesse sido combinado, nesse mesmo ano de 2011 houve a transição do governo (PS) que pediu a “ajuda” da Troika (junta financeira tripartida parida pela EU de Barroso) para o governo (PSD) cavaquista de Passos Coelho, encarregado de confiscar aos portugueses dinheiro quanto baste para suportar doravante a dívida do Estado que antes era dos bancos.

Recorde-se a história e compare-se o que então não foi dito com o que Yanes Varoufakis afirma agora: “o dinheiro das "ajudas" não chegou à Grécia, foi antes para os grandes bancos”. ” – Cavaco Silva vem insistindo na fábula dos “portugueses foram dos que mais contribuíram para o resgate grego”, mas a Grécia é que está a dar dinheiro ao teu governo, estúpido!. Questionado sobre a postura de Portugal e Espanha, Yanis Varoufakis deu uma resposta politicamente correcta, invocando a sua boa educação para não ir mais além, mas que não deixou de revelar a postura da Ministra das Finanças no Eurogrupo, que envergonha os portugueses... Os governos de Portugal e Espanha "estão a querer ser mais alemães do que a Alemanha", desabafou Varoufakis ao correspondente da RTP após a reunião do Eurogrupo"



Para cumprir com os compromissos dos anteriores governos para o pagamento da dívida e respectivos juros e sustentar a gestão corrente do Estado a Grécia necessita de entre 58,7 a 85 mil milhões de euros, para o que precisa de manter este sistema de financiamento, recusando no entanto a ingerência estrangeira nas medidas de austeridade pondo em execução o "Plano o Salónica". Depois que o novo governos grego ousou enfrentar o “desafio audaz contra os imperialistas financeiros” o país conseguiu um acordo com o Eurogrupo que anula os compromissos de austeridade assumidos com a Troika, reavendo soberania e capacidade de decidir na direcção de novos parceiros, incluindo a Rússia e a China, unindo-se, caso o venham a entender, à “nova ordem económica” emergente criada pelo bloco dos BRICs.



loading...

- Grécia: Voltou A Lenga-lenga Do Horror Ao "perdão De Dívida".
Eurogrupo terminou ontem sem acordo, negociações são retomadas hoje domingo. Berlim quer saída da Grécia do euro, França não. FMI pede alívio à dívida que Berlim não aceita e Itália pede aos alemães que deixem de humilhar os gregos. Direita...

- O Inicio Da Implosão Da Bolha Das Dividas Soberanas
Assim reivindicam os comunistas portugueses: um governo patriótico, democrático e de esquerda. Todas as três condições podem ser reconhecidas no governo da coligação Syriza na Grécia – vindo a tornar-se clara a intenção de saída do euro....

- Afinal Portugal (à Surrelfa) Já é Outra Vez A Grécia
no entender dos 18 paises que se uniram contra a Grécia,  Portugal precisa fazer mais No dia a seguir ao 24 de abril Cavaco Silva botou discurso a pedir uma "atitude firme de combate à Corrupção" - teria requerido Cavaco junto dos seus amos permissão...

- A Europa Na Mão De Corruptos
Corrupção nos submarinos: na Grécia 32 pessoas vão a julgamento por terem pago ou recebido subornos na compra de submarinos à alemã Ferrostaal. Armadores, ex-responsáveis pelos contratos militares, banqueiros, negociantes de armas e homens de negócios...

- Recordações...
... do tempo em que os politicos eram responsáveis pelas suas palavras e pela efectiva concretização do "progresso" que elas representavam: quem foi o maior responsável pela Dívida contraida em priol dos que viveram acima das suas possibilidades?...



Política








.