Política
Guerra da Coréia
A Guerra da Coreia foi travada entre 25 de Junho de 1950 e 27 de Julho de 1953, opondo a Coreia do Sul e seus aliados, que incluíam os Estados Unidos da América e o Reino Unido, à Coreia do Norte, apoiada pela República Popular da China e pela antiga União Soviética. O resultado foi a manutenção da divisão da península da Coreia em dois países, que perdura até aos dias de hoje.
Em 1950, cinco anos e meio depois de derrotar a Alemanha Nazista, os Estados Unidos e a União Soviética, ex-aliados, entram em conflito pelo controle da Coreia, uma nova zona de influência comercial e territorial, arriscando provocar uma terceira guerra mundial.
A península da Coreia é cortada pelo paralelo 38° N, uma linha demarcatória que divide dois exércitos, dois Estados: a República da Coreia, a sul, e a República Popular Democrática da Coreia, a norte. Essa demarcação, existente desde 1945 por um acordo entre os governos de Moscou e Washington, dividiu o povo coreano em dois sistemas políticos opostos: no norte o comunismo apoiado pela União Soviética, e, no sul, o capitalismo apoiado pelos Estados Unidos.
Em 3 de Julho de 1950, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coreia do Norte ataca de surpresa e toma Seul, a capital. As Nações Unidas condenam o ataque e enviam forças, comandadas pelo general americano Douglas MacArthur, para ajudar a Coreia do Sul a repelir os invasores.
Em Setembro, as forças das Nações Unidas começam uma ambiciosa ofensiva para retomar a costa oeste, ocupada pelo exército norte-coreano. No dia 15 desse mês, chegam com certa facilidade a Incheon, perto de Seul, e algumas horas depois entram na cidade ocupada. Os setenta mil soldados norte-coreanos são vencidos pelos cento e quarenta mil soldados das Nações Unidas. Cinco dias depois, exatamente três meses após o início das hostilidades, Seul é libertada. Com essa vitória, os Estados Unidos mantêm sua supremacia no sul. No primeiro dia de Outubro, as forças internacionais violam a fronteira do paralelo 38, como os coreanos haviam feito, e avançam para a Coreia do Norte.
Durante quase três anos, o povo coreano, uma das mais notáveis culturas da Ásia, foi envolvido em uma brutal guerra fratricida, violentíssima de ambos os lados.
Milhares de prisioneiros amontoados em campos de concentração esperam ansiosamente por um armistício. Com a ajuda da China, as forças das Nações Unidas são rechaçadas para a Coreia do Sul. A luta pelo paralelo 38 continua. Em Seul, as tropas são visitadas por artistas como Marilyn Monroe que tentam elevar seu moral. O General MacArthur, insistindo em um ataque direto à China, é substituído, em Abril de 51, pelo General Ridway.
Em 23 de Junho começam as negociações de paz, que duram dois anos e resultam num acordo assinado em Panmunjon, em 27 de Julho de 1953.
O único resultado é o cessar-fogo. Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. O tratado de paz ainda não foi assinado, e a Coreia continua dividida em Norte e Sul.
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