Política
Homens que fizeram história neste país - Sérgio Buarque de Holanda
Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a história.
Este blog também tem o objetivo de resgatar a história de grandes brasileiros esquecidos e esmaecidos pela mídia.
Sérgio Buarque de Holanda,
O historiador Sérgio Buarque de Holanda, autor do clássico Raízes do Brasil
Filho de Christovam Buarque de Holanda e Heloísa Gonçalves Moreira Buarque de Holanda, Sergio estudou em São Paulo, na Escola Caetano de Campos e no Ginásio São Bento, onde foi aluno do Afonso de E. Taunay e onde compôs a valsa "Vitória Régia", publicada na revista Tico-Tico.
Em 1921, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Participou do movimento Modernista de 1922, tendo sido nomeado por Mário e Oswald de Andrade representante da revista Klaxon na cidade maravilhosa.
Bacharelou-se em direito pela Universidade do Brasil em 1925. No ano seguinte, transferiu-se para Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, para dirigir o jornal O Progresso. No mesmo ano, fundou, com Prudente de Morais Neto, a revista Estética.
Em 1927, retornou ao Rio de Janeiro e passou a trabalhar como colunista do Jornal do Brasil e funcionário da Agência United Press. Dois anos depois, viajou para a Europa como correspondente dos Diários Associados e fixou-se em Berlim, onde conheceu a obra de Max Weber e assistiu aos seminários de Friedrich Meinecke.
Passou a colaborar, em 1930, na revista Brasilianische Rundschau, do Conselho do Comércio Brasileiro de Hamburgo. Em 1936, de volta ao Brasil, ingressou na Universidade do Distrito Federal, onde lecionou história moderna e contemporânea e literatura comparada. Ainda em 1936, lançou seu livro "Raízes do Brasil".
Quando a Universidade do Distrito Federal foi fechada, em 1939, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado por Augusto Meyer a dirigir a seção de publicações do Instituto Nacional do Livro. Em 1941, a convite da seção de Relações Internacionais do Departamento de Estado, viajou para os Estados Unidos.
Três anos depois, em 1944, assumiu o cargo de diretor da Divisão de Consulta da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. No mesmo ano, lançou "Cobra de Vidro".
Em 1945, participou da fundação da Esquerda Democrática e também participou do Congresso de Escritores, em São Paulo, sendo eleito presidente da seção do Distrito Federal da Associação Brasileira de Escritores.
No ano seguinte, transferiu-se para São Paulo, onde substituiu seu antigo professor Afonso de E. Taunay no cargo de diretor do Museu Paulista.
Filiou-se ao Partido Socialista em 1947 e assumiu a vaga de professor de História Econômica do Brasil, na Escola de Sociologia e Política, em substituição a Roberto Simonsen. Dois anos depois, proferiu uma série de conferências na Sorbonne, em Paris.
Em 1952, mudou-se com a família para Itália, onde permaneceu por dois anos como professor convidado junto à cadeira de Estudos Brasileiros da Universidade de Roma.
Recebeu o prêmio Edgard Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro em 1957, pela publicação de "Caminhos e Fronteiras". No ano seguinte, conquistou a cadeira de História da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, com a tese "Visão do Paraíso - Os Motivos Edênicos no Descobrimento e na Colonização do Brasil".
Foi o primeiro diretor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), eleito em 1962. De 1963 a 1967, visitou como professor convidado as universidades do Chile e dos Estados Unidos e participou de missões culturais pela Unesco no Peru e na Costa Rica.
Em 1969, aposentou-se do cargo de catedrático da USP, em solidariedade aos colegas afastados de suas funções pelo AI-5. Recebeu o prêmio Governador do Estado, em 1967, na seção de literatura.
Recebeu, como o intelectual do ano, o prêmio Juca Pato de 1979. No ano seguinte, foi membro-fundador do Partido dos Trabalhadores.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u407.jhtm
loading...
-
Pierre Monbeig
Pierre Monbeig (Marissel, Oise, 15 de setembro de 1908 ? Cavalaire, Var, 22 de setembro 1987) foi um geógrafo francês, que trabalhou e estudou o Brasil entre 1935 e 1946, data em que ocupou cadeira de professor na Universidade de São Paulo, assim como...
-
Milton Santos
Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, Bahia, 3 de maio de 1926 ? São Paulo, São Paulo, 24 de junho de 2001) foi um advogado brasileiro. Apesar de ter se graduado em Direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da Geografia,...
-
Prêmio Hans Christian Andersen
Brasileiro ganha prêmio internacional da literatura infanto juvenil O ilustrador brasileiro Roger Mello conquistou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil e juvenil. A premiação aconteceu durante a Feira do Livro...
-
15 Anos Sem Betinho...
...Herbert José de Sousa . "A alma da fome é política!" A afirmação de Herbert José de Sousa - o Betinho - nada tem de enigmática. Ela ilustra exemplarmente uma vida de lutas, de empenho e de trabalho pela cidadania e pela vida.Herbert José de...
-
Rodas De Leitura
Recebi de Nana Rangel(diretora do Departamento de Literatura da Fundação CulturaJornalista Oswaldo Lima (FCJOL) "Retomada do projeto Roda de Leitura. Lançado em 2010 com grande sucesso, a primeira Roda de Leitura de 2011 vai acontecer hoje, dia 24,a...
Política