Caríssimos leitores a informação abaixo do governo federal é apenas a ponta do iceberge de políticas públicas que estão transformando o sertão nordestino.
Historicamente o sertanejo era como gente que só tinha importância no momento do voto. Perdia-se o prestígio depois de depositar o voto na urna.
Falam que o presidente Lula tem uma popularidade alta no nordeste por conta da bolsa família. Isso é uma meia verdade. A verdade é que existem políticas públicas integradas que estão dando dignidade de vida aos sertanejos
São políticas combinadas de proteção social, financiamento de bancos a juros baixos aos pequenos produtores. Os sertanejos dizem que o presidente Lula paga os juros para eles. Agora temos o programa Territórios da Cidadania que pretende reduzir as deigualdades regionais e sociais, levando cidadania, melhoria e da qualidade de vida de todos os brasileiros deste país.
Veja a imagem acima. A construção de cisternas. A cisterna é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva e representa uma solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do semi-árido brasileiro.
Veja bem, o problema o nordeste não é falta de água, mas um projeto de gestão hídrica e abastecimento das populações. Aqui em média se chove mais que em países como a França e Alemannha, o problema é que as chuvas são concentras no perídos de dois a três meses do ano, demandando desta forma um planejamento para armazenamento e distribuição de água durante o período da estação seca.
Hoje existem as iniciativas da sociedade civil organizada como a organização não-governamental Articulação do Semi-Árido (ASA) articuladas com Programa Cisternas, coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional que passou a apoiar estas iniciativas.
Vocês vão ver isso nos depoimentos em uma matéria que estou fazendo com os sertanejos.
Investimento garantirá acesso a água a 45 mil famílias no Semi-árido
http://www.brasil.gov.br/noticias/em_questao/.questao/eq766a/
Mais água – para o consumo e para o cultivo de alimentos – chegará aos lares de famílias do Semiárido brasileiro neste ano. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende, em 2009, atender a 45.442 famílias com o programa de Cisternas (primeira água) e os reservatórios para agricultura familiar (segunda água). Além disso, vai iniciar o projeto pioneiro de construção de cisternas em escolas públicas da área rural da Bahia. O investimento total nessas ações será de R$ 89,4 milhões.
Só neste ano, serão implantadas 37 mil cisternas, ao custo de R$ 55,3 milhões. Elas são também chamadas de primeira água, pois o líquido ali armazenado serve o dia-a-dia das famílias, especialmente para o consumo e preparo dos alimentos. As cisternas são construídas com placas de cimento, por meio de tecnologia popular que capta a água das chuvas. Esse tipo de tanque permite armazenar 16 mil litros, o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o período da seca. Dessa forma, os moradores não precisam mais se deslocar por longas distâncias em busca da água encontrada em açudes, poços e barreiros.
Para a segunda água - destinada ao apoio à agricultura familiar na produção de alimentos para o autoconsumo - a meta em, 2009, é instalar 8.442 reservatórios. Serão 3.827 cisternas calçadão; 395 barragens subterrâneas; 104 tanques de pedras; 208 bombas d´água popular; 500 barraginhas e 600 cisternas de enxurradas. O custo será de R$ 25,1 milhões. Esses reservatórios também usam a tecnologia que capta água da chuva.
Em 2008, o programa cisternas recebeu o investimento de R$ 53 milhões e foram construídas 25 mil unidades. O orçamento para os reservatórios para a agricultura foi de R$ 22,5 milhões para a instalação de 2.512 cisternas, barragens subterrâneas, tanques de pedra ou barraginhas, sendo 592 unidades concluídas no ano passado. Desde 2003, essas ações têm beneficiado 1,1 milhão de pessoas com 219 mil unidades instaladas em 1.125 Municípios
Escolas – O MDS, em parceria com o Ministério da Educação, pretende também instalar 86 cisternas em escolas públicas do Semiárido da Bahia. Para isso, serão investidos R$ 1,2 milhão. A iniciativa tem o objetivo de melhorar a garantia da segurança alimentar e nutricional, através do abastecimento da água potável da chuva e da educação ambiental nas escolas. “As cisternas integradas às hortas escolares serão o eixo mobilizador para um projeto pedagógico, junto às crianças, de conscientização ambiental, cidadania, segurança alimentar e convivência com a realidade da região”, explica o diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Cesar Medeiros.
Tipos de tecnologias da Segunda Água
Cisterna Calçadão: Semelhante à cisterna para guardar água de beber, sendo bem maior (capacidade de armazenar 52 mil litros de água). A captação da água da chuva é feita através de um calçadão cimentado que serve também para secar raspa de mandioca, forragem para fenação, etc.
Barragem Subterrânea: É um barramento de lona plástica, construído dentro do chão, que segura a água da chuva que escorre por baixo da terra. À montante da barragem geralmente é perfurado um poço raso, também chamado cacimbão, que é alimentado pela água acumulada no subsolo da barragem.
Tanque de Pedra ou Caldeirão: Tecnologia normalmente utilizada em áreas de serra ou onde existem lajedos, que funcionam como área de captação da água da chuva.
Barraginhas: O Sistema Barraginhas é um processo de captação de águas superficiais de chuvas e consiste em dotar cada propriedade de uma microrregião e, no conjunto, toda a microbacia, de pequenas barragens ou mini-açudes nos locais em que ocorrem enxurradas volumosas e erosivas, barrando-as e amenizando seus efeitos desastrosos.
Bombas d água popular (BAP): Tecnologia social que beneficia, aproximadamente, 12 famílias. A bomba funciona com a ajuda de uma grande roda volante que, quando girada, puxa quantidade considerável de água com pouco esforço físico.