Irão, situação controlada
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Irão, situação controlada


Para se compreender a actual crise no Irão é necessário enquadrá-la na história recente do país, mormente depois do golpe de Estado engendrado pela CIA em 1953 para derrubar o governo legitimamente eleito de Mohamed Mossadeg quando este resolveu nacionalizar a Anglo American Oil Company e a posterior instauração de uma ditadura pró ocidental presidida pela tronitruante figura monástico- decorativa do Xá da Pérsia Reza Pahlevi.

O regime caiu de podre pela corrupção em 1979 às mãos da Revolução que destituiu a monarquia para instaurar a República Islãmica do Irão. (vista como reacção à ordem neo-liberal imperialista norte americana). Um dos combatentes dessa luta era o actual Supremo Lider do Estado religioso islãmico Seyed Ali Kameney, o que detém a última palavra sobre a legalidade no regime democrático e então um jovem guarda revolucionário.

Kamenei ratifica reeleição de Ahmadinejad e exige o fim das manifestações

Foi este Supremo Lider que na sexta feira passada no final do serviço religioso perante a multidão que suporta o regime de democracia popular avisou do perigo que a Oposição corria ao persistir em convocar protestos ilegais para um assunto já tomado em mãos pelo Conselho de Guardiães, que concluiu numa primeira análise pela validade da eleição do presidente Amadhinejad – avisou concretamente para a eventualidade da ingerência estrangeira estar “apostada em provocar um banho de sangue

Em Londres o movimento “Stop War” diz textualmente que “a crise provocada no Irão não se deve tornar num pretexto para uma nova intervenção dos Estados Unidos e Grã-Bretanha na região (lembre-se, os sócios na Anglo American Oil Company da era do Xá), nem para provocar novas tensões em volta do programa nuclear do Irão.

Pelo lado da "(des) informação ocidental" controlada e impedida de continuar a espalhar rumores e mentiras, sobram as listas de blogues e twitters na Internet como “fontes credíveis de informação” em sites embonecados (como este) ou até sionistas (como este) que espalham rudimentares e histéricas objecções à ordem estabelecida, nenhum identificado “por supostamente poderem ser colocados em perigo” – e que uma análise mais cuidada se verifica serem quase todos ocidentais e quase nenhum residente no Irão.
Os meios de comunicação oficiais, como a BBC editada em língua Farsi, difundem vídeos como este, onde se afirma que “os guardas revolucionários dispararam sobre os manifestantes” mas distorcendo e omitindo os factos, sem informar que os focos de incêndio que se vêem são de uma tentativa de assalto e fogo posto a uma séde de campanha do presidente Ahmadinejad e a uma instalação militar.

Comparado com as nossas televisões, o Irão visto pelo lado da imprensa árabe é apresentado de modo diferente:




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