"O português Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, completaria 125 anos neste 13 de junho caso ainda estivesse vivo.
Pessoa foi um dos principais poetas da língua portuguesa, ajudando a formar a literatura e o vocabulário de nossa língua.
Nascido em Lisboa, Fernando Pessoa foi criado em Durban, na África do Sul, onde viveu dos 6 anos até os 17.
Por lá, aprendeu a língua inglesa, a partir da qual traduziria poemas para o português e criaria grande parte de sua produção artística (segundo a Wikipedia, três de suas quatro obras reconhecidas – 35 Sonnets e English Poems I e II – contra apenas um livro publicado em português – Mensagem – este no ano anterior ao de sua morte).
Mesmo com tanta produção em inglês, sua produção em português não deve ser negligenciada. Na verdade, seus textos em nossa língua estão dispersos pois colaborou com vários meios diferentes, inclusive a Revista Atena, da qual foi diretor. Fernando Pessoa também não se limitou a essas duas línguas, tendo produzido poemas também na língua francesa.
Fernando Pessoa faleceu em Lisboa, sua cidade natal, em 30 de novembro de 1935, aos 47 anos, de cirrose hepática."
Do: sobreisso.com
E assim...
E assim...
"Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: Navegar é preciso; viver não é preciso. Serve para mim o espírito desta frase, transformada a forma para se casar com o que eu sou. Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e □ a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim toma o misticismo □ da nossa Raça."
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e □ a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim toma o misticismo □ da nossa Raça."
In: Obra Essencial de Fernando Pessoa, Prosa Íntima e de Autoconhecimento. Edição Richard Zenith, Assírio & Alvim, Abril 2007