Política
Manuela e a Banca yankee
descendo as escadas da glória ao encontro do seu grande amigo,
Provocas, inconsciente,
olhando de alto, escarninha
sorrindo ironicamente
na mal aberta boquinha
Envaidece-te pequena
que fartos motivos tens...
mal entras agora em cena
e gozas os maiores bens
Tão facilmente adquiridos
que nem quasi dás por tal!...
são mistérios desta vida,
bem mentirosa, afinal!
poema popular inspirado no quadro "
a Provocante" de
José Malhoa, publicado na revista "Ilustração Portugueza", corria o ano de 1913;
and now,
vindo da pátine dos tempos da decadência monarquica, algo de velho completamente novo:
Manuela Ferreira Leite mantém silêncio sobre contrato com o Citigroup.
Correio da Manhã: “o Ministério das Finanças está a estudar a forma como irão ser repartidas as próximas cobranças de créditos fiscais cedidos ao Citigroup – o que acontecerá assim que este grupo financeiro norte-americano receba do Estado português a verba de 1,76 mil milhões de euros correspondente ao valor que pagou em 2003.
Dos 9,68 mil milhões de euros de créditos fiscais e da Segurança Social que estão por cobrar, Teixeira dos Santos terá de apurar o valor que ficará para o Estado e a parte que será transferida para o Citigroup. Para já o Estado transferiu cerca de 1,71 mil milhões, valor que cobre quase o preço inicial pago pelo Citigroup. A Portaria 1375-A/2003, de 18 de Dezembro, prevê esta repartição de verbas após o pagamento dos 1,76 mil milhões de euros ao Citigroup.
Os partidos da esquerda parlamentar vão avançar em Setembro com pedidos de esclare- cimento sobre o contrato de cedência de créditos fiscais e da Segurança Social ao Citigroup – uma operação efectuada em Dezembro de 2003 por
Manuela Ferreira Leite enquanto ministra das Finanças do Governo PSD-CDS/PP. Como 33% dos créditos fiscais cedidos foram substituídos por serem incobráveis, PS, BE e PCP querem que a líder do PSD e o Governo esclareçam o País sobre a data em que serão transferidos créditos para o
Citigroup.
15,2 mil milhões de euros é, somando os 3,74 mil milhões de euros de créditos fiscais substituídos, quase o valor total dos créditos cedidos ao Citigroup. Sem a substituição, o valor é de 11,44 mil milhões de euros.
1,71 mil milhões de euros é quanto o Estado já transferiu para o Citigroup. Com esta transferência, os 1,76 mil milhões de euros pagos do início pelo Citigroup estão quase saldados.”
a partir daqui tudo o que vier é lucro. É o que se pode chamar um bom negócio para o Citigroup, um gigante financeiro afundado na presente crise. Para investigar pelos cidadãos que não têm representação parlamentar, resta saber
quais foram as contrapartidas não divulgadas do negócio feito entre o Governo de Durão Barroso para camuflar o défice e uma das principais correias de transmissão do sistema que o levaria à colocação na Presidência Europeia.
Ontem o Correio da Manhã tentou, mais uma vez, obter um esclarecimento de Manuela Ferreira Leite sobre a substituição dos créditos incobráveis – que obrigou o Estado a dar ao Citigroup receitas de anos posteriores a 2003 – mas as tentativas foram infrutíferas.O mesmo aconteceu com o CDS-PP.
“Para Francisco Louçã, do BE, "
este é o momento para dizer ao País quando é que isto acaba. Vamos forçar a questão em Setembro". Honório Novo, do PCP, recorre à ironia: "Já que Manuela Ferreira Leite não quer explicar as alternativas para os investimentos públicos, ao menos que queira explicar os contornos deste mau negócio com o Citigroup.O socialista Vitalino Canas diz que "vai ser um assunto importante nos próximos tempos: não por Manuela Ferreira Leite ser líder do PSD, mas porque é um assunto que na altura foi polémico e que suscitou dúvidas ao PS, que quer esclarecer os contornos do negócio e o impacto financeiro para o Estado"
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