O admirável mundo velho de george W
Política

O admirável mundo velho de george W


os portugueses da proto-globalização por uma vez mais,,, na epopeia das cocavelas,,,

A Europa como um bloco coeso e com uma moeda forte, o Euro, ameaçava a hegemonia mundial dos endividados Estados Unidos. Diversos paises em sectores estratégicos tinham decidido passar a usar o Euro em vez do debilitado Dólar e essa foi a causa para a invasão do Iraque decidida na óptica de uma Nova Ordem Mundial acertada com os aliados indefectiveis dos Estados Unidos no Acordo das Lajes em 2003.
Esta situação cria dois blocos que partem a Europa ao meio, a França e a Alemanha por um lado, os principais contribuintes liquidos da União Europeia que se apoiam no BCE (Euro) e a Grã-Bretanha (com a Libra fora do BCE), a Itália, Espanha,Portugal, Polónia,etc, por outro lado.
Neste contexto Portugal está agora ameaçado pelo corte de 25% nos fundos estruturais europeus (decidido pelo núcleo central da EU: Paris-Berlim, ao mesmo tempo que reiteram a intenção de não aumentarem as suas próprias contribuições), enquanto por outro lado se pede a cada membro Europeu um aumento da contribuição liquida de cada país de mais 1% do PIB. (ao que se acrescenta que no caso especifico de Portugal já não recebia nada da PAC-Politica Agricola Comum).A contribuição portuguesa para o orçamento da UE (1385 milhões) representará em 2005 1,36% do bolo total de 101.953 milhões de euros e pelo novo Tratado o poder "individual" de cada país passará a ser determinado pelo simples factor demográfico com base na importância relativa da sua população o que se traduz no nosso caso na redução do peso de Portugal nas votações para cerca de metade.
É neste clima de Crise, que se desenrolam as estratégias de ratificação dum projecto de Tratado vendido às opiniões públicas, cuja única realidade visivel para o povo, continua a ser apenas uma zona de Mercado Comum para os capitalistas, que não para os trabalhadores.
• A primeira condição essencial para a Democracia, seria a de que as decisões teriam de ser escrutinadas entre cidadãos de igual capacidade de Educação e formação cultural. As diferenças de níveis culturais na Europa, que por umas razões levaram os franceses e holandeses a votar “Não” no referendo, sujeitam os portugueses às novas estratégias de “venda” do Tratado Europeu conduzidas pelas cúpulas pró-americanas que, por outras razões, nos querem forçar a dizer “Sim”.
Mais uma vez os pobres de Portugal embarcam pela mão dos Ricos para fora da Europa, porque o País foi vendido para colónia de férias das élites ocidentais anglo-saxónicas.

Obras de referência - Prof. Paulo de Pitta e Cunha:
- "A Constituição Europeia,um olhar crítico sobre o projecto"
- "Reservas sobre a Constituição Europeia"
excerto:
"É pelo triplo imperativo da conservação de identidade dos Estados-nações no contexto da integração europeia, da prossecução da igualdade fundamental dos Estados-membros e da afirmação da solidariedade financeira na construção europeia que concluímos que esta proposta "Constituição" não serve ao país" (in publico-21.5)
- "Que agenda para os Bilderberg,s 2005?"
- "Para lá da Constituição:uma Europa Sustentável" por Arthur Mitzman



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