O PSDB QUER PRIVATIZAR A PETROBRÁS.
Política

O PSDB QUER PRIVATIZAR A PETROBRÁS.


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A P-36: uma das grandes obras brasileiras. A exemplo da Torre de Pizza é ligeiramente inclinada

Caríssimos,

Perguntar não ofende: quantos acidentes na PETROBRÁS aconteceram durante o governo FHC? Agora, pergunte-se compare quantos acidentes aconteceram durante o governo Lula?

Por que FHC e PSDB desejavam trocar nome da PETROBRÁS para PETROBRAX?

Vamos ler o texto abaixo e tire as suas conclusões.




Tragédia na P36 – fatalidade ou sabotagem?

Luciano Zica
O povo brasileiro está triste e ao mesmo tempo perplexo diante do lamentável episódio do afundamento da P36. Muitos perguntam: seria uma fatalidade ou um ato de sabotagem?

Responder sim a qualquer uma das questões seria a melhor forma de colocar um ponto final no debate sem tocar nas verdadeiras razões da sucessão de acidentes que tem ocorrido.

Temos plena convicção de que se trata de um "crime premeditado" em conseqüência de uma concepção de modelo imposto ao setor pelo governo FHC a

partir da quebra do monopólio estatal. Há um conjunto de fatores a considerar. A terceirização da mão-de-obra da empresa é um deles. Para se ter uma idéia, a Petrobras tinha, há 20 anos, cerca de 70 mil trabalhadores contratados; ampliou suas atividades e reduziu este número para perto de 34.500. Essa redução se deu pela demissão, aposentadoria, ou morte de trabalhadores, que foram substituídos por funcionários terceirizados.

Antes dizia-se que era necessário terceirizar as atividades de hotelaria, limpeza, jardinagem, enfim, serviços não diretamente ligadas à atividade petrolífera ou serviços eventuais. Hoje terceirizaram grande parte da manutenção, operação e até do treinamento de pessoal.

Há doze anos a empresa não contrata um único trabalhador nas áreas operacionais e de manutenção. Tal política impede a transferência de conhecimento acumulado por aqueles que trabalharam por anos, e saem ou se aposentam, para as novas gerações. O trabalho na área petroleira tem quatro características fundamentais: é perigoso, complexo, contínuo e solidário.

A Petrobras tem hoje três terceirizados para cada contratado direto e nas plataformas a situação é ainda pior: cerca de cinco para um.

A terceirização desses setores visa a redução de custos e quebra a possibilidade de manutenção da estabilidade e formação dessa mão-de-obra, até porque quando uma empresa terceirizada sai de um para outro contrato leva consigo seus melhores quadros. Isso tudo em uma empresa que não chega a gastar 4% de seu faturamento bruto com pessoal.

A Lei 9478 estabeleceu um limite de 36 meses para que a Petrobras colocasse em operação os campos que ela explorava na data da promulgação da mesma, após o qual, os que não entrassem em regime de produção seriam devolvidos à ANP e novamente licitados e entregues aos concorrentes. Enquanto esses concorrentes teriam oito anos para colocar em operação os campos por elas contratados.

Essa pressão desencadeou na Petrobras uma busca obcecada para operação urgente de alguns campos, entre eles o de Roncador, onde operava a P36.

A Petrobras comprou a P36 fabricada na Itália para perfuração e a transformou em plataforma de produção em águas profundas (1600m de profundidade) em um processo cheio de irregularidades denunciadas pelo movimento sindical petroleiro desde o início.

Para a obra de transformação da plataforma foi contratada de forma totalmente irregular, a Marítima, pequena empresa brasileira que chegou a responder por 80% dos contratos de obras na gestão de Joel Rennó evidenciando um conjunto de operações suspeitas que gerou um inquérito na Polícia Federal (inexplicavelmente interrompido).

A obra foi repassada para um estaleiro canadense após concluída e levada para a Bacia de Campos no final de 1999, colocada em operação em maio de 2000, com uma preoperação de apenas cinco meses, quando a exigência nessas condições seria de pelo menos nove meses para sua adaptação às condições locais e verificação da correção do projeto.

No dia da explosão estavam na P36 175 trabalhadores, sendo 50 funcionários da Petrobras e 125 terceirizados. A plataforma tinha acomodações e condições de segurança para 115 pessoas. Onze companheiros perderam suas vidas, todos membros da brigada de emergência e do quadro efetivo da empresa, o que demonstra que a própria Petrobras acredita que a mão-de-obra terceirizada não está preparada para atuar nas condições de risco permanente das plataformas.

Da tragédia ficam algumas dúvidas:

Por que explodiu? Talvez pela priorização da competição e busca da "auto-suficiência" a qualquer custo com o desprezo pela segurança e pela vida.

Por que afundou? Poderiam ter tentado rebocar a P36 para um lugar mais raso e, além de resgatar os nove corpos, salvar as possibilidades de aprofundar os estudos de todos os componentes do acidente e do projeto.

Onde estão os detalhes do projeto e as explicações pela presença de tanques de resíduos dentro das colunas de sustentação da plataforma e por que a interligação por tubos entre as colunas que podem ter possibilitado o afundamento?

Onde estão as fotos tiradas da coluna após a explosão?

Onde estão os relatórios de manutenção da plataforma?

Por que não parar a produção para manutenção após a constatação, três dias

antes, de condições anormais de pressão em tubulações?

Por que tentar impedir a participação dos trabalhadores nas investigações,

só permitida após determinação da Justiça?

Mas ficam também algumas certezas:

É urgente rever a atual política de recursos humanos da empresa, valorizando a contratação direta e formação profissional, bem como garantindo que os terceirizados que permaneçam sejam devidamente treinados nos padrões da própria empresa e sob sua responsabilidade.

É fundamental recuperar a política salarial da categoria com acordos coletivos que eliminem a disputa entre trabalhadores e restabeleça a solidariedade.

De que é necessário reverter o atual projeto de desmonte imposto por FHC aos setores públicos de infra-estrutura.

É fundamental retirar da ANP, que deveria ser o órgão regulador, o domínio da política do setor petróleo. Até porque ela tem feito o jogo dos concorrentes internacionais e contra o interesse do povo brasileiro.

Enfim, ou mudamos o atual modelo ou vamos chorar cada vez mais pelas vidas perdidas e sofrer os danos ambientais decorrentes de um modelo cruel, que pensa apenas na balança comercial ou no lucro escuso de alguns.

Luciano Zica é deputado federal (PT-SP).

Artigo publicado no PT Notícias nº 102, de 26 de março a 9 de abril




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