- Por Tales de Castro*
É no mínimo curioso o silêncio que se perpetua nos grandes meios de comunicação em relação ao livro “A Privataria Tucana”.
Lançado no inicio do mês a publicação que já vendeu 120 mil exemplares foi bombástica no meio político. Entretanto quando entrou nas publicações da mídia, teve merecimento de pequenas notas que mais trazia dúvidas sobre veracidade dos fatos do que informações sobre aquilo que o livro apresenta.
Verdade ou não, o livro remonta todo um esquema de financiamento partidário e pessoal, através de privatizações ocorridas no governo FHC, trazendo elementos de denúncia em relação a importantes lideranças do PSDB, inclusive o ex-candidato a presidente José Serra. Esse que é um partido referência política para milhões de pessoas, que já esteve no poder central do país e atualmente administra 8 estados da federação brasileira, ou seja, um partido importante na democracia brasileira.
Aliás, é um partido conhecido pelas terceirizações e pela ausência estatal nas políticas públicas, um partido que defende a transferência de responsabilidade do Estado para o meio privado.
Por isso o momento é oportuno para debater o papel dos grandes meios de comunicação. As informações trazidas por Amaury Jr., autor do livro, merecem no mínimo investigação e que a população tenha conhecimento das graves denúncias ali apresentadas.
Não é papel da mídia informar a população? Não é papel dos meios de comunicação denunciar a corrupção?
Esse silêncio aflora a perspectiva de alienação e manipulação que parte dos grandes meios de comunicação exercem. Fica o entendimento que passar informações não é a prioridade dessa imprensa, a não ser com determinados interesses. Sabemos que se fosse qualquer partido da base do governo federal, as denúncias estariam estampadas nas manchetes dos jornais.
A mídia, silenciosa em relação ao livro “A privataria tucana”, demonstra que tem lado, toma partido e o defende quando necessário.
Por isso que o marco regulatório e a democratização da mídia são odiosamente rebatidos pelos meios de comunicação. Porque através desses instrumentos o silêncio interessado em relação à corrupção não será mais viável e as vozes e anseios da população serão ressoantes na sociedade.
Queremos uma mídia democratizada, que dê acesso às informações e que dê espaço para informações. Uma mídia do século XXI e não da década de 60 ou 70, que censurava as notícias.
Aguardamos os novos capítulos dessa história, pois se a mídia se calou, as redes sociais publicizam “A Privataria Tucana” e clamam por apuração. Aliás, se tudo ocorrer como previsto teremos um CPI só para investigar essas denúncias, aí veremos qual o tom que imprensa dará aos fatos.
* Tales de Castro é assessor do diretório nacional do PT e secretário de juventude do PT de Goiás
PT Nacional
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