Política
O vestido azul
Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha cuidados com ela e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram velhas e maltratadas.
O professor ficou penalizado com a situação da menina. Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.
Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.
Quando acabou a semana, o pai falou: Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços?
Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.
Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores, que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.
Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.
Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um religioso, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades.
Foi ao Prefeito expor suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.
A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.
E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro.
Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou estimulando a que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.
* * *
Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?
Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?
Se somos, sigamos o exemplo do professor e lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.
É difícil reconstruir um bairro mas é possível dar um vestido azul.
* * *
Podemos fazer mais em favor da Humanidade se nos dispusermos.
Estendamos a mão para alguém caído. Digamos uma palavra gentil para alguém.
Presenteemos um amigo com uma flor. Façamos sorrir alguém triste. Abracemos com ternura amigo, nem um gesto de socorro.
Disputemos a honra de ser construtores do mundo melhor e de uma sociedade mais feliz.um desafortunado.
Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.
Ninguém dispensa um
Redação do Momento Espírita, com base na história O
vestido azul, de autoria desconhecida e pensamentos do cap.
LXXX do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 05.04.2012.
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