No processo evolutivo do Espírito, a Divindade nos coloca onde se encontram as circunstâncias melhores para o nosso crescimento interior.
Falar em acaso é desconsiderar as leis Divinas, pois que ele não existe. Assim, não existe ninguém que se encontre no lugar errado, a não ser aquele que se permitiu conduzir pela própria loucura.
É por isso que todos voltamos aos lugares onde erramos anteriormente, a fim de procedermos à reparação dos nossos equívocos.
Voltamos para as comunidades onde deveremos desenvolver o nosso progresso e o alheio.
Ou, então, a Divindade nos remete a experiências em regiões desconhecidas, a fim de amadurecermos os sentimentos e treinarmos fraternidade.
Desse modo, o familiar perverso de hoje pode ser nossa antiga vítima que, voltando a conviver conosco, na vida carnal, se transforma em algoz, justamente por não conseguir nos perdoar os erros de antes.
O amigo ou conhecido que se torna nosso inimigo e nos enche o coração de espinhos, é alguém que desrespeitamos a confiança num dia próximo, ou distante, nesta vida ou em outra.
O chefe que nos azucrina, que se faz demasiadamente exigente, que nos desrespeita, o professor que se mostra impiedoso e o funcionário que se mostra rebelde são oportunidades para treinarmos paciência e equilíbrio.
Se estamos ligados a pessoas difíceis de quem não conseguimos nos desembaraçar;
se vivemos em lugares que nos desagradam e não conseguimos abandoná-los;
se trabalhamos onde sofremos muito e não dispomos de outra alternativa, significa que nos encontramos em processo libertador.
Em assim sendo, abramo-nos ao amor e ao bem, onde estejamos e com quem nos encontremos.
Aprendamos a entesourar bênçãos nas dificuldades, como se estivéssemos colhendo lírios no pântano.
Cumpramos nossos compromissos, mesmo aqueles que nos pareçam mais difíceis, com a alegria de quem se liberta.
Por vezes, a insatisfação íntima nos faz mudar com frequência de casa, de amigos, de emprego. Porque estamos indispostos, tudo nos parece desagradável e desgastante.
Porém, se nos conscientizarmos de que onde estivermos, teremos que nos iluminar, ficará mais fácil enfrentar os desafios.
Se pensarmos que as pessoas com quem estamos convivendo merecem compreensão e tolerância, nos sentiremos mais dispostos a exercitar tais sentimentos.
Enfim, se fizermos sol interior, nossa claridade assinalará com luz todas as coisas.
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A vida conduz a criatura maleável ao lugar onde se encontram os melhores recursos para o seu progresso.
Dessa forma, atravessemos o nosso caminho de ascensão sem deixar sombras, que deverão ser iluminadas um dia, ou débitos que devamos resgatar no futuro.
Façamos hoje o melhor, evitando o retorno mais tarde aos mesmos caminhos de infelicidade e dor.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Onde
te encontres, do livro Sob a proteção de Deus, por Espíritos
diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 1.8.2013.