(Giulio Sanmartini) Essa massa que vive nas grandes cidades, hoje representa 34.5% da população urbana, ou seja, 54 milhões de habitantes algo muito próximo ou superior à população de qualquer país da Europa ocidental. Estes vivem em condições de moradia inadequadas. Os dados fazem parte de estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado ontem pelo Ipea. Segundo a pesquisa Pnad 2007: Primeiras Análises, praticamente um em cada três brasileiros que vivem nas cidades não tem condições dignas de moradia.
Os principais problemas habitacionais, segundo o Ipea, estão relacionados ao grande adensamento de pessoas, ao ônus excessivo com o pagamento de aluguel, à proliferação de assentamentos precários e aos casos de mais de uma família vivendo em uma mesma residência.
O número de pessoas que moram em domicílios urbanos onde há superlotação domiciliar, com densidade superior a três pessoas por cômodo usado como dormitório, por exemplo, é de 12,3 milhões de habitantes, o que representa 7,8% da população urbana. De acordo com o estudo, os brasileiros que sofrem com o adensamento excessivo estão concentradas nas regiões metropolitanas de São Paulo (2,2 milhões) e do Rio de Janeiro (1 milhão). Já em termos relativos, o problema é mais grave nas regiões metropolitanas de Belém, de São Paulo e de Salvador, onde os percentuais são de 16,6%, 11,7% e 10,6%, respectivamente.
Isto é que o governo petista propicia à população brasileira desprovida da sorte.
(*) Foto: Cortiço em 1954, hoje transformou-se em favela.