A Polícia Federal apreendeu neste domingo cerca de 1 milhão de panfletos assinados por um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recomendando voto contra a candidata Dilma Rousseff (PT)
A apreensão em uma gráfica no bairro do Cambuci, região sudeste da capital paulista, foi determinada pelo ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Henrique Neves a pedido do PT. O processo corre em segredo de justiça.
Os panfletos foram encomendados pela Mitra Diocesana de Guarulhos. Kelmon Luís Souza, católico ortodoxo, disse ontem que encomendou, desde setembro, 20 milhões de panfletos em gráficas de São Paulo a pedido da diocese.
Parte dos panfletos, que reproduz um "apelo a brasileiros e brasileiras" para que os eleitores não votem em quem é a favor da descriminalização do aborto, é assinado pela Regional Sul I da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), responsável pelo Estado de SP.
Os papéis foram distribuídos no dia 12 de outubro, em missas em Aparecida (SP) e Contagem (MG). Em julho, o bispo de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, foi pivô de uma polêmica mobilização contra a petista.
A gráfica com 1 milhão de panfletos foi descoberta ontem pelo PT de São Paulo. De acordo com o contador da gráfica Paulo Ogawa, foram encomendados 2,1 milhões de panfletos nos dois turnos das eleições.A PF informou que foi feito um relatório sobre a apreensão, que será enviado ao ministro...Padre é padre, a gente sabe. Mas essa história precisa ser investigada nas entranhas do PSDB. Essa história cheira mais podre do que parece. Sabe-se que a gráfica é de pessoas filiadas ao partidão, o PSDB.Sabe-se também que o vice do Serra, Indio da Costa, do DEM, está com todos os dedos metido nessa história....Nem a Folha do Serra acredita na inicência dos padres, Manchete na Folha.com:A"pós recomendar voto anti-Dilma, CNBB-SP diz que 'não patrocina' panfletos"
Ligação com o PSDB e José Serra
Uma das sócias da gráfica é filiada ao PSDB, desde 1991!
Trata-se de Arlety Kobayashi. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo. Mais um detalhe: é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi , foi vereador e deputado por São Paulo pelo PSDB.
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Dona da gráfica que estava imprimindo panfletos contra Dilma é do PSDB