Esta mal contada história de violação do sigilo fiscal de alguns contribuintes, entre eles alguns tucanos de alta plumagem, parece se encaminhar para o que ela realmente é em termos políticos: nada.
A investigação da corregedoria da Receita Federal aponta para um esquema de compra e venda de informações, sem nenhum envolvimento do governo ou partidário, com pagamento de propinas pelo acesso à renda de alguns endinheirados.
Tudo indica que se trata de crime comum, e a Receita vai representar contra duas servidoras da delegacia de Mauá, na região metropolitana de São Paulo, por indícios de envolvimento no esquema de compra e venda de informações por alguém de fora da Receita, talvez interessado em fazer extorsão.
Com base nas investigações, o secretário e o corregedor-geral da Receita descartam qualquer motivação política na quebra de sigilos fiscais, que envolveu 140 pessoas, entre elas a apresentadora Ana Maria Braga e os donos das Casas Bahia.
Serra vai continuar explorando o assunto com o seu trololó habitual, fundamentando suas acusações de envolvimento da campanha de Dilma no episódio em fontes “idôneas”, como a Folha de S.Paulo, segundo afirmou hoje em discurso para empresários.
O curioso é que, quando Serra foi candidato em 2002 e surgiu a história de que Ricardo Sérgio de Oliveira,coletor de fundos para campanhas do PSDB e um dos que agora tiveram seu sigilo violado, teria cobrado propina do empresário Benjamin Steinbruch, por ocasião da privatização da Vale do Rio Doce, Serra disse – olhem como é novo isso – “trololó e tititi” e disse que não se podia fazer acusações políticas, sem provas.
Quem tiver dúvidas, procure ler o que a insuspeita
Veja publicou naquela ocasião, aqui e aqui.
Tijolaço
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