Na avaliação de um interlocutor constante de Dilma, o Rio ainda não perdeu a guerra dos royalties. É que, acredita, custaria caro demais para o governo permitir a derrota de Cabral.
O raciocínio é político. Dilma, diz o tal interlocutor, perderia seu principal aliado no Sul-Sudeste. “Imagine este quadro em 2014: Alckmin (governador de São Paulo), Aécio (senador por Minas), Renato Casagrande (governador do Espírito Santo) e Cabral juntos. Seria um cenário ruim para o PT.” É. Pode ser.
Aliás...
Cabral não jogou a toalha. Acha que a passeata que organiza com Eduardo Paes, no Centro do Rio, em defesa dos royalties, pode sensibilizar Dilma:
— De qualquer maneira, dia 10 de novembro, seremos mais de 150 mil pessoas nas ruas. (A.G.)
É guerra!
As relações entre a Fifa (leia-se Joseph Blatter) e a CBF (leia-se Ricardo Teixeira) nunca foram tão ruins. Na conversa que teve com Dilma Rousseff há três semanas em Bruxelas, Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, detonou Ricardo Teixeira.
Mais: a Fifa está procurando um escritório de relações públicas para tentar melhorar sua imagem no Brasil — e, claro, junto ao governo Dilma.
A propósito, Ricardo Teixeira e Aldo Rebelo já foram adversários ferrenhos (na CPI da Nike) e depois viraram bons amigos durante o governo Lula. Mas o último movimento de Teixeira não foi pró-Aldo: trabalhou intensamente no mês passado para ajudar a eleger Ana Arraes ministra do TCU, derrotando justamente Aldo. (L.J.)
Aerogay
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, de uma lista de reivindicações apresentada há dois meses pelos trabalhadores, para evitar uma greve na data-base, em pleno Natal, só topou, até agora, uma.
A “garantia de direitos iguais para casais do mesmo sexo.” (A.G.)
A bola da vez
Seis ministros na rua desde junho. Um a cada 23 dias. Este retrospecto com jeitão de recorde fez um importante assessor de Dilma garantir: “Agora, até a reforma ministerial de fevereiro, ministro só deixa o governo por morte natural ou suicídio”. Bem, se surgir um novo escândalo, a solução talvez seja antecipar a reforma ministerial.
A propósito, é grande a preocupação no Planalto com a situação de Carlos Lupi. Na bolsa de apostas dos ministros, Lupi é a bola da vez. A CGU, ainda que discretamente, vem mapeando eventuais encrencas na pasta. (L.J.)
Por falar no poeta...
Chico Alencar, o deputado do PSOL, preparou um discurso em versos para homenagear Drummond, amanhã, na Câmara. (A.G.)
Cerca de 30% dos portadores de diabetes tipo 1 (a mais precoce e grave) estão acima do peso ou são obesos mórbidos. A revelação é da maior pesquisa com diabéticos já feita no Brasil.
Realizado entre 2008 e 2011 com 3591 pacientes e com o apoio da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Diabetes, o estudo mostra ainda que as duas cidades com o maior número de diabéticos acima do peso são Ribeirão Preto (29%) e Curitiba (27%).
Na outra ponta, Belo Horizonte aparece como a cidade com o maior percentual de pessoas com peso normal. O sobrepeso e a obesidade favorecem o aparecimento de doenças vasculares, uma das principais causas de morte entre os diabéticos. (L.J.)