Política
revivalismo mediático de indole fascistóide
a RTP volta a adoptar o
tom oficioso de “
informação” com a mesma antiga competência que se lhe conheceu durante a ditadura. Para além do estilo d
as vozes em off que realçam com circunspecta gravidade as opiniões dos Chefes, temos investigadores e historiadores que quase nos obrigam a ver (
como somos burros)
o Portugal de sucesso que só os autores vêem (pela via remunerada dos cachets), como por exemplo aquele em que pela mão da apresentadora Filomena Mónica nos sugerem altas personalidades disto e daquilo. E vem aí a intransponível Maria Elisa com um género de Best-Of, d
os melhores de Portugal. Para quando um programinha sobre as virtudes da juventude (ou mocidade?) Portuguesa?
"produtividade"
o artista judeu Erwin Singer, em “
Os Escuteiros” (1932) enaltece
as virtudes da militarização do Trabalho no escutismo judaico.
Foi aqui que os Nazis se inspiraram para criar as Juventudes Hitlerianas.
Um dos autores deste género televisivo é o até há pouco desconhecido Rui Ramos, que inicia crónicas n
o jornal da Sonae deste modo: “Há-de ser duro, aos 50 ou aos 60 anos, ver desmoronar-se o mundo em que se viveu. Mas é talvez ainda mais duro, aos 20 ou 30 anos, ver desmoronar-se o mundo em que se ia viver”. Trompeteiro de fatalidades certas adquiridas, porque provocadas
para as enormes massas excomungadas de Abril, o inefável Ramos
encobre o
admirável mundo novo que se está a construir
para os poucos eleitos.
Recentemente
opinou também o historiador* que “o 28 de Maio é comparável ao 25 de Abril, pois que também teve a “intervenção não partidária das Forças Armadas para conseguirem levar a cabo um plano de reformas”. Nos anos iniciais, informa, a ditadura esteve na mão de um “soviete de tenentes”, comparável ao Copcon, e viveu o seu PREC, “com confrontos constantes. Felizmente que o soviete de tenentes derrotou a revolta republicana de Fevereiro de 1927, caso contrário poderia ter havido uma guerra civil em Portugal”.
O 28M, uma prefiguração do 25A? Não digo que não. Se descontarmos, obviamente, umas pequenas diferenças – enquanto o 28 de Maio e o seu soviete de tenentes (?!) decapitava o movimento operário e liquidava as liberdades, ao serviço dos latifundiários, monopolistas e roceiros das colónias,
o 25 de Abril restaurou as liberdades, abriu as portas à imposição de novos direitos pelos assalariados e reconheceu a independência das colónias. Ou seja:
a sua semelhança foi serem antagónicamente opostos...
A utilidade das opiniões “fracturantes” de ideólogos como Rui Ramos é recordarem-nos a
espécie de inimigo que defrontamos”.
* citado por Mário Fontes, na “Politica Operária” no artigo “28 Maio = 25 Abril”
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