RIO DE JANEIRO - Grande ano, 2009, para o presidente Lula. Só não se pode dizer que melhor, impossível, porque, quando se trata de Lula, nada é impossível. Com seus poderes e uma estrela que vou te contar, ele deverá prolongar 2009 até a Copa do Mundo ou tornar 2010 ainda melhor para ele.
O jornal francês "Le Monde" elegeu-o "o homem do ano". O espanhol "El País", "a personalidade" idem. O inglês "Financial Times", um dos 50 da década. Antes disso, Barack Obama disse que ele era "o seu cara", o que o Brasil entendeu como se ele fosse "o cara". E o que dizer dos 72% de aprovação popular no sétimo ano de governo? Quando, normalmente, os mandatos presidenciais já começam a azedar, o de Lula está mais fresco e perfumado do que nunca.
Por estes dias estreia "Lula, O Filho do Brasil", o primeiro documentário de ficção do cinema nacional. É um blockbuster nato -milhões já gostaram antes até de vê-lo. Por sua causa, cidades brasileiras que há décadas não tinham um cinema, nem mesmo para fins pornô, voltarão a contar com eles, instalados pelo Ministério da Cultura -espera-se que continuem abertos depois que "Lula, O Filho do Brasil" seguir viagem rumo a outras telas. E, para não haver dúvida, promete-se para 2010 uma minissérie da Globo com o mesmo herói e o mesmo título.
Já se disse que "Lula, O Filho do Brasil" é a estátua equestre de Lula. Pode ser. Mas o que o impede de querer uma estátua equestre de verdade? E, a exemplo daquele outro cultor da própria personalidade, Getulio Vargas, não será surpresa se Lula cunhar sua efígie no verso da moeda de 10 centavos (como nos "getulinhos") ou imprimi-la na nota de R$ 10, como Getulio fez na de dez cruzeiros.
Neste momento, para fechar um ano perfeito, só falta a Lula ganhar o Moto Rádio.