Política
um Estado religioso Ultra-Ortodoxo e Racista
a selecção conhecida hoje de 1200 imigrantes "ditos ilegais"em Israel condenados a expulsão é feita pelo Ministério do Interior, entidade tradicionalmente regida pelo
Partido Religioso Shas, o
garante do fundamentalismo da "raça pura judaica". É o lider conservador extremista titular desta pasta quem, em última instância, decide
quem é e quem não é "judeu", pese que os indivíduos "analisados" tenham ali nascido, nunca tenham dali saído e não falem outro idioma senão o
hebreu. E quem não é reconhecido como "
judeu" (1/4 da população) não tem os mesmos direitos de cidadania que os outros residentes no Estado de Israel. Mas esta politica anti-democrática instaurada pelo Sionismo em 1948 e reforçada pela conquista de territórios alheios em 1967, completamente desmascarada, tem os dias contados. O que está hoje no centro do debate é a saída para uma solução Pós-Sionista.
A ideia da existência de Judeus como um povo ou uma raça única é um mito,
uma ficção baseada na “mito-história” do Antigo Testamento, sem qualquer suporte factual antropológico moderno ou vestigios arqueológicos, argumenta Shlomo Sand, um historiador israelita que trabalha na Universidade de Telavive. Esta mitologia de origem religiosa é também uma assumpção fundadora do Estado de Israel e através desta polémica, a revisão da história por Sand tem como alvo a ideologia Sionista (o historiador não é anti-Israel, mas procura uma saída pós-Sionista). Na sua essência, o livro
armadilha o direito moral do Estado de Israel para se definir a si mesmo como exclusivamente judeu – e a forma como se poderá responder a isto depende em muito de pontos de vista politicos. Shlomo Sand admite que nenhuma das suas questões são novas e que no livro não há revelações, o que ele oferece é o desmantelamento radical da mitologia nacionalista. Nunca foi encontrado nenhuma evidência de qualquer “exilio de Judeus” – e
sem Exilio jamais poderá ser invocado um “direito de retorno”, conforme declara a Declaração de Independência de 1948. Porém, ainda que tenha sido fundado sobre um mito, o Estado de Israel existe. Sand pretende reconhecê-lo com base no abandono do “nacionalismo étnico”, modernizando-o e democratizando-o e, como o seu livro é um “best-seller” em Israel, talvez exista aqui uma esperança de que alguns israelitas também o pretendam fazer
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