Quarta feira 23-9. O presidente líbio Muammar al-Gaddafi , que em 40 anos falou pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU em New York, leu alguns extractos do Carta fundadora das Nações Unidas (nomeadamente onde se diz que “todas as nações são iguais, sejam elas pequenas ou grandes”) e de seguida arremessou-a como lixo pelo ar. Tem razão, criada no pós-guerra sob supervisão do imperialismo americano, a ONU converteu-se num instrumento de domínio e aterrorizamento dos países pobres (ou apenas dos ciosos da sua independência) que são ameaçados pelas grandes potências capitalistas. al-Gaddafi, que discursou depois de Obama, recordou que desde que foi fundada em nome da paz em 1945 “já aconteceram 65 guerras, o que é mais que suficiente como prova de que os seus princípios foram atraiçoados"
(Discurso completo aqui) A mentalidade criada por décadas de obscurantismo educacional- propagandístico no Ocidente reflecte-se nos comentários do you-tube: 1."Povos de todo o mundo, chegou o tempo de ouvirmos toda a gente de todos os lados, de aprender novas linguagens e novas formas de pensar" 2. "Eu cá nunca recebi cheque nenhum, portanto quero que o gajo se fôda"
Sem tradução viciada (ou com a voz do locutor de televisão sobreposta, como na TVE), al-Gaddafi foi entrevistado pela Al-Jazeera. Sobre o conflito israelo-palestiniano afirmou peremptório: "Nós os árabes, não aceitaremos a solução de "dois Estados" enquanto Israel possuir armas nucleares"
(fonte: TVE)
o cerco de Tegucigalpa
* tópicos a reter no atropelo aos direitos humanos nas Honduras: a Policia, os Militares e as Secretas são instituições fundamentalmente de direita, na medida em que são instrumentos do Estado ao serviço da protecção incondicional da propriedade privada (ver video)
* Golpistas fazem prisões em massa nas Honduras para impedir levantamento popular; pistoleiros mascarados cercam a embaixada brasileira. Saques a supermercados e bancos indicam perda de controlo da situação. Isolamento do regime aprofunda-se após discurso de Lula na ONU, em defesa de Zelaya (Agência Carta Maior) .
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