a Minoria Absoluta
Política

a Minoria Absoluta


Ser de esquerda é "governar para pessoas com rosto", numa altura em que o número dos desempregados em Portugal atinge os 630 mil, ouviu-se algures na inteligente reunião televisiva entre o representante do PCP manifestando que “tem vindo a verificar-se grandes convergências com o Bloco de Esquerda, nomeadamente (e apenas, deve acrescentar-se) no que respeita ao Código do Trabalho.

“Os visitantes da Bolsa de Londres recebem um folheto gratuito que lhes explica que o mercado de valores não lida com flutuações misteriosas, mas com as pessoas reais e os seus produtos. Eis o que é realmente a ideologia no seu estado mais puro. Não podemos compreender adequadamente a realidade social da produção material e da interacção social sem compreender a dança metafísica auto-propulsiva do Capital que dirige o espectáculo, que fornece a chave dos desenvolvimentos e catástrofes que têm lugar na vida real. É aí que reside a violência sistémica fundamental do capitalismo, muito mais estranhamente inquietante do que qualquer forma directa de violência social e ideológica pré-capitalista: esta violência já não pode ser atribuída a indivíduos concretos e às suas “más” intenções, mas é puramente “objectiva”, sistémica, anónima. Encontramos aqui a diferença lacaniana entre a realidade e o Real: a “realidade” é a realidade social dos indivíduos efectivos implicados em interações e nos processos produtivos – enquanto o Real é a inexorável e “abstracta” lógica espectral do Capital determinando o que ocorre na realidade social. Todavia os relatórios dos países que lemos e onde se vê uma enorme degradação e miséria humana informa-nos que a situação económica do país é “financeiramente sólida” (p/e vem aí a retoma): a realidade não conta, o que conta é a situação do Capital…”

Agora equacione-se a listagem da situação e das razões que levam a maioria dos portugueses a votar no dois partidos ditos maioritários, PS e PSD/CDS, e descubram-se as diferenças de programas. Quem é contra e a favor do quê? não há aqui nadica de nada que tenha a ver com as continhas dos votos :

Pensões e Reformas de miséria
1 milhão de pessoas vive com menos de 300 euros mensais
Código do Trabalho do PSD/CDS mantido pelo PS
Aumento dos custos judiciários
Aumento da idade de reforma
Cortes no subsidio de desemprego
Propinas no Ensino Público
Privatização da TAP
Deslocalização de empresas
Encerramento de maternidades públicas
Privatização da Segurança Social
Benefícios fiscais para a Banca
Mais precarização dos trabalhadores
Mais portugueses sem médico de família
Privatização gradual do Serviço Nacional de Saúde
2 milhões de pobres que trabalham com Baixos Salários
Tratado de Lisboa
Recibos Verdes
Aumento do Desemprego
Tropas portuguesas no Afeganistão e como policias da NATO
Escolas encerradas

Jerónimo de Sousa disse também que “o crescimento económico é uma questão fundamental” – uma frase inspiradora com origens históricas em qualquer governo social-democrata de todos os tempos (O capitalismo é isso mesmo: crescimento, porquanto, embora cresça cada vez mais, a taxa de lucro tenda sempre para zero), quer dizer, optemos por apoiar medidas que não causem grandes abalos ao capitalismo. Como é fatal, “cada um pedalando a sua bicicleta”, os aparelhos partidários do PCP e BE caminham ambos na direcção da reforma impossível do sistema
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