Como o post anterior demonstra, estou a contribuir para um novo projeto. Surpresa para alguns, previsível para outros, encontro nesta aventura muitos com quem já trabalhei em ativismos vários, assim como muitos outros que apenas agora começo a conheçer.
Contribuir para um novo projeto político é sempre um acto bastante arriscado. Sobretudo quando andamos nestas andanças há já alguns anos. Conhecemos muitas vicissitudes, já embarcámos em muitas aventuras, já vimos muita coisa.
De qualquer modo, mesmo tendo presente os riscos elevados e as probabilidades limitadas de sucesso, decido avançar porque acho que vale a pena arriscar. Porque não suporto a ideia de ficar parado sem intervir. Porque, se quero a mudança, tenho de fazer algo por ela. Tenho de arregaçar as mangas e ajudar a construí-la. No fundo, uma abordagem que tem tanto de romântica, como de pragmática.
Não será fácil, poderá não resultar... Mas estarei lá a dar o meu contributo, a fazer o meu melhor. Com a responsabilidade de estar a construir algo novo. Onde a experiência contará tanto como a capacidade de pensar de novo, de olhar de maneira diferente, de agir de forma inovadora.
Subscrevi a convocatória para a Convenção Cidadã de 31 de Janeiro porque acredito profundamente no Estado Social, porque sei que um modelo alternativo à austeridade é possível, porque tenho a certeza que a democracia constroi-se com ambição, tentando sempre chegar onde ainda ontem parecia impossível. Subcrevi a convocatória porque a Esquerda não pode parar de procurar denominadores comuns. É tempo de avançar.