Política
Change (III) - Obama, FMI e Multinacionais
Coloco diante de ti a vida e a morte, a felicidade e a maldição. Escolhe a vida (…) Deuteronómio XXX: 19Deve ser exorcisando esta citação que os homens de fato e pasta preta que se empregam no FMI a soldo de assassinos económicos abordam as mais variadas espécies de signatários dos povos para lhes proporem “
frutuosos investimentos”.
Porque são algumas nações tão ricas e outras tão pobres? - A questão não é de resposta fácil,
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ocultada que está pela comunicação uma parte fundamental das três teorias em confronto. É profundamente desonesto reduzir o debate unicamente entre
conservadores e
liberais (ambas as correntes de acordo com o essencial a aplicar à politica profissional de controlo de massas), enquanto
a perspectiva marxista é censurada - como disse o filósofo
Daniel Innerarity na
“Sociedade Invisível”,
desde que se não mostre a coisa, ela não existe. E tem sido assim que a economia política se tornou numa espécie de espionagem.
Esta será a sétima crise cíclica da economia mundial; diz-se que teve origem na crise imobiliária nos Estados Unidos – porque afectou os ganhos nas empresas dos Estados Unidos – deveria ser um problema interno deles, porém não existem só economias nacionais, nem apenas relações económicas entre nações,
existe principalmente uma economia mundial.
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Existe uma estrutura de produção e de circulação mundial de mercadorias disribuidas por todos os países
liderada pelas grandes empresas transnacionais. E quando se fala de crise, é da tomada do poder por estas empresas e dos seus lucros que estamos a falar.a troupe de Bush será condenada pela História? Ou será Bush o filho querido da vitória? No ano 2000 quando chegou ao poder os
lucros das empresas multinacionais norte americanas eram de 851 mil milhões – para em 2008 passarem a ser 1.594 mil milhões, passando pelo pico máximo de 1.673 mil milhões em 2007. Esta pequena diferença no último ano são “
as perdas concretas dos EUA na grande crise”
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Portanto, no problema da especulação financeira que alastrou a todo o mundo, este não é um problema da economia interna americana, mas sim o de que para a análise da crise se devem
considerar os elevados e crescentes ganhos das empresas dos Estados Unidos nos outros países. A crise interna no imobiliário não afectou de modo nenhum os lucros totais das empresas produtoras norte americanas de bens e serviços, excepto as infladas financeiras - os ganhos nos outros sectores da economia, por via do fluxo que chega do estrangeiro, continuam a ser muito elevados.
Como se passou da crise económica nos EUA para a crise da economia mundial?. Muitas empresas construtoras tiveram grandes perdas desde o verão de 2007 e muitas delas faliram. Mas, para já não mencionar as indústrias da guerra, por exemplo as grandes indústrias de fabrico automóvel com a produção centrada no modelo fordista das linhas de montagem em grande escala, como a Ford, General Motors ou a Chrysler, tiveram perdas nestes últimos anos, mas enfrentaram-nas com as deslocalizações para outros países e com os lucros obtidos aí e na diversificação dos serviços oferecidos apoiados pela ampla oferta de créditos, criando bolhas em terra alheia. Muitas das empresas com origens na grande indústria, como a General Electric
tornaram-se elas próprias em grupos financeiros (
GE-Money) – Com Obama como relações públicas desta mesma política,
a crise,
abrirá caminho para a ruptura do processo de globalização da actual economia mundial,
ou o capitalismo, com o seu núcleo duro de empresas multinacionais cada vez mais restrito e concentrado, sairá reforçado neste processo?referências:
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* livro:
David S. Landes, "
A Riqueza e a Pobreza das Nações" (
Gradiva, 2002)
* Landes em relação ao período áureo dos Descobrimentos portugueses "demonstra como o pragmatismo económico e o enquadramento institucional público/privado foram fundamentais. Ao contrário de muitas ideias de
heroísmo que existem acerca dos nossos navegadores". (
ler recensão)
* artigo de
Orlando Caputo: "
A Crise e a possivel ruptura do processo de Globalização"
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