Política
Colômbia, as coisas não serão como sonha a oligarquia
o governo da Colômbia tem um discurso mediático para consumo interno de paz e conciliação, enquanto prossegue na sombra com práticas terroristas; e para o exterior faz passar a imagem de "governo forte mas democrático" para receber apoios do imperialismo a nivel militar e aceitar milhares de milhões de financiamento das forças neoliberais na formação de uma bolha de desenvolvimento artificial, enquanto vai impondo ferozes condições que serão pagas pelas geração futuras. Tudo em nome da oligarquia reinante
O programa de negociação da paz entre os governantes do Estado colombiano e a oposição das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi colocado em cima da mesa em
Setembro de 2012 após um periodo de três anos de conversações mantidas secretas sob a égide do anterior presidente Álvaro Uribe, sendo ministro da Defesa Juan Manuel Santos. Foi durante essa trégua que os militares fiéis ao regime assassinaram o líder histórico da guerrilha Manuel Marulanda.
Um ano depois, em Novembro de 2013, na discussão entre as duas delegações no território neutro de La Habana, Cuba, o plano de 6 pontos obteve consenso e aprovação nos dois primeiros pontos: 1. Desenvolvimento agrário, com a entrega de terras aos camponeses que apoiam na sua grande maioria a revolução e 2. A participação politica de toda a oposição, civil e armada, no processo eleitoral em igualdade de circunstâncias com as instituições estabelecidas. Quando o delegado das FARC Ivân Marquez e o do governo Humberto de la Calle mediados pelo nórdico Dag Nylander,
chegaram ao ponto 3. que trata das condições no terreno para o pôr fim ao conflito não se conseguiu acordo.
Enquanto o governo falava de paz, ao mesmo tempo dava instruções ao Exército para continuar as operações militares contra a guerrilha e a grande massa dos camponeses empobrecidos em que aquelas se inserem. Pior, as acções de repressão são lideradas, como anteriormente por décadas, por milícias paramilitares de extrema direita apoiadas pelo governo. Enquanto isso em La Habana as FARC tinham chegado a acordo sobre depôr as armas… Quer dizer, com Juan Manuel Santos, agora empossado em presidente, há uma mudança de discurso, mas não de intenções. Trata-se de uma abertura liberal na continuidade em relação ao regime fascista do desacreditado Uribe. A lista de crimes é imensa e a concordância em realizar “negociações de paz” é
uma mentira que vida desarmar e desmantelar as FARC e evitar a condenação pela comunidade internacional.Timoleón Jiménez, Comandante do Estado Maior Central das FARC-EP lembra que "os assassinatos, os massacres, os horrores da violência militar e narco paramilitar foram perdendo a sua dimensão de espanto. Se mencionados, passaram a ser tristes episódios isolados. Em contrapartida todos tinham que estremecer pela barbárie da actuação guerrilheira e pelo grau de desumanidade dos seus comandantes. Nessa direcção apontou a estratégia políticas das classes no poder:
apagar ou minimizar o horror oficial e narco paramilitar com o supostos horror guerrilheiro." acordaram na necessidade de substituí-lo antes que acabasse por incendiar o continente com o seu ódio visceral às FARC, à Venezuela e a Cuba...
... aos ombros da ultra-direita, chegou um Santos mais moderado para culminar a obra.
Os diálogos de paz, como está mais que demonstrado, não foram uma concessão sua. Uribe já os havia proposto, ainda que se indigne ao recordá-lo. Para o projecto da ultra-direita sempre esteve claro que após a redução militar das FARC e da sua ruína política por conta da gigantesca campanha mediática de descrédito, havia que abrir uma mesa de conversações com o objectivo de conseguir a assinatura da sua rendição.
É a sua maneira de entender a paz. Por isso
não nos surpreende o modo como pretendem superar o tema das vítimas, em discussão na Mesa de Havana. Pretendem que os crimes sistemáticos das forças armadas e do narco paramilitarismo não tenham cabimento ali. No seu entender, isso já foi solucionado, o governo expediu uma lei para essas vítimas, o que há que tratar e castigar são nossos supostos crimes.
Além de cínica, a oligarquia colombiana equivoca-se mais uma vez connosco"
Ontem as FARC anunciaram a captura em zona de guerra do General do Exército colombiano Ruben Alzate Mora. (www.pazfarc-ep.org) Hoje o governo colombiano confirmou a noticia e Juan Manuel Santos anunciou a suspensão das negociações de paz na Cimeira de La Habana (fonte)os Guerrilheiros e guerrilheiras das FARC-EP criaram este video apelando ao povo sentar-se à mesa das negociações, não um governo que não é representativo: “Pueblo colombiano pa'la mesa”
...... (mais detalhes no Resistir)
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