Política












as FARC e o neocolonialismo

O tenebroso regime neoliberal da Colômbia constitui a última tábua de salvação do imperialismo norte-americano na América Latina onde, nas últimas décadas têm sido investidos milhões para sustentar governos que lhe sejam afectos – e que lhes permita manter expectativas hegemónicas politico-militares sobre toda a região amazónica. A presidência do actual proCônsul Álvaro Uribe tem demonstrado uma intransigência (paga pelos EUA com 3 mil milhões de dólares nos últimos cinco anos ao abrigo do “Plano Colômbia”), que roça a demência ao recusar negociar um intercâmbio humanitário dos prisioneiros feitos pelas forças revolucionárias – optando, ao contrário do anterior presidente Pastrana, pela estratégia determinada pelos gringos, do resgate militar – o que levou durante confrontos registados nas últimas duas semanas à tragédia da morte de 11 deputados de Cali, prisioneiros desde à cinco anos, quando o acampamento das FARC (ver video) foi atacado por grupos para-militares das forças armadas de Uribe conjugadas com agentes especiais das autodenominadas “Autodefensas Unidas da Colombia” (AUC) financiadas pela CIA.

¿e sobre tudo isto o que diz “a nossa informação especialmente o jornal Público? Que “milhões de pessoas, (oriundas à boa maneira protofascista das diversas classes sociais: patronato, governo e trabalhadores(sic) no passado dia 5, desfilaram pelas ruas de Bogotá exigindo a libertação dos reféns nas mãos de guerrilheiros e bandos armados(...) o presidente Uribe referendou assim a sua politica de firmeza em relação aos grupos rebeldes, em primeiro lugar o que lhe faz mais frente (como se houvesse outros movimentos significativos) e tem consigo mais raptados: as FARC de Manuel Marulanda “Tirofijo” (...) Uribe (aldrabando a opinião pública) anunciou no princípio de Junho a libertação de várias centenas de rebeldes no âmbito de um “gesto humanitário unilateral” tendente a provocar uma resposta semelhante por parte de Marulanda”
Acontece que, para um pequeno percalço do jornalista que engendrou o enredo, o comandante Marulanda já não é visto desde 2002, e é precisamente o contrário aquilo que se passa: ao abrigo da nova legislação terrorista de Washington os guerrilheiros das Farc têm vindo a ser raptados pelas forças leais ao governo colombiano, e ao abrigo dos acordos existentes são extraditados pela CIA para os Estados Unidos onde se encontram detidos em prisões de alta-segurança, como tantas outras onde aliás se encontram muitos outros militantes anti-terroristas- de- Estado capturados nas mais diversas regiões do globo.

É sobre este pano de fundo que esta semana chegou a Bogotá o escritor português José Saramago para um encontro de carácter literário com a colombiana Laura Restrepo. Os bilhetes para o evento esgotaram em hora e meia! – por isso, dado o manifesto interesse da população em geral, o encontro teve de ser transmitido em directo pela televisão – Na Colômbia, a simpatia pela política do governo neoliberal arrasta multidões,,, enquanto as organizações sociais de base avançam: o município de Bogotá mandou imprimir alguns milhares de exemplares das “Pequenas Memórias” para serem distribuídos aos utentes gratuitamente nos transportes públicos,,,



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