De volta à doce terra
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De volta à doce terra



Depois de quase uma semana fora da cidade (no meu exílio voluntário) em que me presenteeei com minha - tão somente companhia - estou de volta à doce terra.
Fui e voltei de ônibus ,o que me propiciou na volta escrever a crônica que segue:

Carona na conversa
Viajei nas “quatro rodas” da 1001.
Ajeitei-me – como de costume – em poltrona da janela , pois tenho o hábito de, entre a leitura de algum livro ou jornal, passar os olhos na estrada: Ver o verde dos canaviais; os animais nos pastos; velhas traves de futebol em terreno batido; as casinhas posicionadas no alto dos morros onde galinhas ciscam o terreiro, no varal roupas dançam ao vento e há sempre um morador na varanda ouvindo seu rádio de pilha.
A minha imaginação chegou a visualizar neste bucólico cenário uma placa que dizia: “Morada da Felicidade” ou “Paz Ville”- sem terrenos à venda.
Fechei a cortina. Observei que a senhora ao meu lado esboçara vontade de conversar.Correspondi com meia dúzia de palavras e retomei à minha leitura.
Foi quando a conversa (quase monólogo) entre dois passageiros da outra fileira chamou-me a atenção(não só minha ,mas de outras pessoas) pelo alto tom da voz.Ele de forma entusiasmada relatava um fato recente ocorrido com ele: - Rapaz! Dia desses fui a um programa de rádio.Chama-se “Em busca da alma gêmea”. Após revelar meu perfil ,imediatamente,ligou uma candidata.Marcamos encontro para o dia seguinte.No horário e lugar determinado vi um carrão se aproximando...A motorista ligou a seta, abaixou o vidro e abrindo um sorriso chamou pelo meu nome.Confirmei e...amarelei! A moça (de voz macia) não correspondia a beleza idealizada,mesmo assim embarquei.Paramos no shopping,desfilei com ela e sugeri um chopinho para eu criar coragem!Ela falava, falava...e eu, quieto a tudo ouvia planejando uma saída honrosa.Repentinamente,tive a ideia de dizer sobre a minha enxaqueca, que já começava a dar sinal de vida.Simulei desconforto, mal estar e dali mesmo me despedi...
Impossibilitada de concentrar-me em minha leitura tratei de pegar carona na conversa da senhora do meu lado ,que já se virara e puxava assunto com uma moça da poltrona detrás.
Em meio ao blá blá blá reinante,o passageiro das bravatas sentimentais aquietou-se.
Acho que adormeceu ou ,de fato, a sua verdadeira “alma gêmea” – a enxaqueca – chegara para lhe fazer companhia.



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