Política
O espectáculo do dia é a tomada de posse de Obama no Capitólio para um segundo mandato
A carnavalesca
encenação já começou ontem, quando Joe Biden foi re-investido por uma
“Juiza de origem Hispânica”, o que pode muito bem servir de mote ao conto de fadas “
o Preto, o Judeu, o Padre e a Latina” (1). Torna-se porém bastante claro que desta vez desapareceu o encanto da "mudança", substituída pela
permanência da politica de mentira.
Mesmo assim, e por causa disso, a leni- riefenstahliana cerimónia
custa 300 milhões de dólares. Em período de crise gravíssima no império do Ocidente, a situação pode ser comparada com a queda do Império Romano? isto é, quando os senhores do mundo de então também
delegaram em hordas de políticos lacaios a defesa do Estado? Mais perto no tempo, cabe relembrar que
o fim do moderno império de Hitler foi a causa do inicio da Guerra Fria, para muitos a mais importante de todas as guerras, porque depois da sua extinção, não existindo inimigos externos,
opõe dois modelos de organização social antagónicos dentro das fronteiras nacionaisVamos ver que “progressos” trouxe Obama, tanto aos cidadãos norte americanos, como a vítimas colaterais neste último periodo de 4 anos:
• Pagamento obrigatório a toda a população de Seguros de Saúde a Companhias seguradoras privadas, o que é
uma fraude quando comparado com a promessa de oferta de um “serviço de saúde universal”
• Continuação da
prática de Tortura sobre presos políticos• Cartões de
livre trânsito para fora das prisões oferecidos por Wall Street aos seus gatunos de estimação• Programa de assistência e
venda livre de armas aos cartéis de droga mexicanos• Uma
guerra não declarada contra os Civis do Paquistão (2)
•
Financiamento oculto das
pseudo revoltas árabes • Não cumprimento da promessa de
encerramento de Guantanamo• A
Lei de Detenção Prolongada por Período Indefenido de 2011 aplicável sobre todos os cidadãos, nacionais ou capturados no estrangeiro, considerada inicialmente como
uma loucura jurídica, mas que agora é Lei. E
permite detenções forças militarizadas sem intervenção dos tribunais invocando crimes que ainda não tenham sido cometidos • A construção dos “
campos de concentração” (da
FEMA) para a nova vaga de detidos foi explicada por Obama nestes termos:
"Obama Justifies FEMA imprisonment of civilians!"
Para aqueles que pensam que as coisas hoje são “muito diferentes” do que eram nos tempos que antecederam a segunda grande guerra, convém relembrá-los que
os Nazis também operaram segunda a criação de “novas Leis”. E ninguém pareceu incomodar-se, nem ninguém disse nada. Portanto, se de Obama nada dizem (1), cabe aqui dizer agora que
o que os Nazis fizeram na Alemanha foi também no “estrito cumprimento das Leis”. Convidaram muita gente a juntar-se ao
esforço de guerra em campos de trabalho, sendo cidadãos nacionais ou imigrantes deslocados no cumprimento da Lei. Uma vez na posse dos territórios conquistados a outros povos, estes foram obrigados a cumprir os direitos concedidos pelos invasores, para bem da sua própria liberdade. Não foi bonito?
Bush e Obama têm uma aproximação um pouco diferente:
surripiam os direitos civis consignados em leis que vão sendo alteradas para emprisionar e assassinar (3) cidadãos nacionais, imigrantes ou capturados no estrangeiro em plena luz do dia e à vista de todos,
culpando-os de serem “Terroristas”. Isto está a ser feito de forma irreversível e alastra como modelo de Estado policial a todo o mundo. Só quem não quer ver
não vê que isto só pode vir a acabar mal…
(1) Hoje é também o dia em que se comemora
o Reverendo Luther King, não como um simbolo abstracto de uma ou outra prédica, mas quando disse: "
Virá o Tempo em que o Silêncio será Traição!" Obviamente, mais uma vítima que
pagou com a vida a sua opinião contra a Guerra do Vietname (2) Alguma “vox populi” na América afirma-se orgulhosa em ser americana, porém
envergonhada por aquilo em que os sucessivos governos imperialistas converteram os
Estados Unidos(3)
Assassinatos selectivos? "
não faço a menor ideia do que é que está a falar"
responde uma porta-voz dos "Democratas" após a vitória eleitoral .
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