o Peso Eleitoral do Portas
Política

o Peso Eleitoral do Portas


"Ser máquina, sentir, pensar, saber distinguir o bem do mal, numa palavra, ter nascido com a inteligência e um instinto moral e não ser mais que um animal, não são coisas mais contraditórias do que ser um macaco ou um papagaio e saber procurar o prazer próprio"
("L`homme machine", Julien Offray de la Mettrie, 1748)

















Como é que, sem ninguém ir notando, escapando-se pelo meio dos pingos de baba do neoliberalismo e desde a segunda dose de cavaco que a turba eleitoral nos impingiu (2006), uma amostra de partido de um único gajo, cujos acólitos nem davam para encher um táxi, em meia dúzia de anos se consegue transformar esse mesmo gajo no “homem” (passe a metáfora) mais importante da coligação do governo e, por acréscimo, quiçá, a charoleira (1) ora pro nobis mais importante do país? E tudo isto com cerca de 10% de votos dos macacóides próximos da extrema direita?... (1) Mas por agora o gajo bem falante do partido de gajo único cala-se, para que o silêncio dê a entender que o chefe e os seus sequazes é que são os killers maus da fita. Mas quem é que se cala? o Portas ou o Cavaco? Os dois. Um dia esta sacanice politica ainda há-de ser objecto especial (senão da Justiça) pelo menos de estudo sociológico...(2)

Os tansos destinatários deste anti-discurso engolem a estupidez democraticamente cuspida lá de cima, espertos calaceiros cuja preguiça é demasiado indolente para se inquirirem sobre uma anomalia simples: um orçamento é a previsão das despesas necessárias para a gestão do ano que vai entrar; mas ainda antes deste estar aprovado já se sabia que daqui a três meses vai ser preciso gastar menos 4 mil milhões que o que está inscrito no OE-2013. Não há aqui nada de anormal, gente normal?. No meio do normalizado xinfrim anormal, a comentadeira pulga caprichosa não gostou particularmente que uma gaffe do Coelho que erigiu o Gaspar a número 2 do governo estragasse a boa imagem do programa da coligação; como se algum destes canalhas estivesse a cumprir algum programa; e não se limitassem a ser serventuários que aguardam cabisbaixos ao minuto as ordens que vão chegando lá de cima... nem eles próprios sabem muito bem quais nem de onde...

notas:
(1) raça bovina que serve de charneira nos conflitos entre vacas
(2) a Constituição da República proibe a existência organizada de grupos de extrema direita. Na era cavaco fazem desfiles na avenida e são entrevistados pela televisão pública.
(3) Uma coisa certa podemos já ver no futuro, pelo estudo da história do passado: a culpa será sempre atribuida a quem se deixou enganar

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