Política


Alemanha afirma que "Crise grega põe em causa futuro do Euro"

O que pode parar a Austeridade? a Resistência!

Os trabalhadores gregos têm resistido. Enfrentam actualmente uma segunda ronda de severas medidas de austeridade que pretendem cortar mais 9 mil milhões de euros nos serviços públicos, acrescentando desemprego massivo e mais pobreza à sociedade.

Os meios mediáticos dos grandes negócios têm retratado falsamente essa luta, dizendo que se chegou à presente situação por culpa dos trabalhadores que “vivem acima das suas possibilidades”. Esta cruel distorção é produzida para justificar a pobreza resultante a que o povo grego será condenado, em vez de lhe dar voz para poder justificar o roubo pelos Bancos, pelo FMI e suas agências com o aval dos corruptos decisores da União Europeia.
Em 15 de Junho centenas de milhar de trabalhadores gregos, sob convocação da Frente Sindical de Todos os Trabalhadores (PAME) liderou uma greve geral, centenas de activistas do povo anónimo cercaram a praça do Parlamento e milhares de trabalhadores manifestaram-se por todas as cidades da Grécia. Entre eles, os jovens desempregados como sector mais aguerrido lideraram a linha da frente do combate, apesar dos distúrbios causados pela polícia que disparou bombas de gás lacrimogénio sobre a multidão. Apesar disto o Parlamento grego aprovou medidas previstas para satisfazer a Troika, para que os Bancos e os Ricos pudessem receber mais uma volumosa soma de dinheiro de “ajuda” a partir de 2 de Julho. Em resposta o PAME decretou nova greve geral de dois dias. Novas e tremendas acções de protesto são esperadas. Olhando para o futuro, desencadear-se-á um importante capítulo na história da luta dos trabalhadores na Grécia. E dela se retirarão tremendas lições para os trabalhadores no interior dos Estados Unidos. O sucesso da luta global está na sua revolta. Em 30 de Junho na Grã-Bretanha 750.000 professores, alunos e empregados escolares fizeram greve em defesa da devolução dos valores que se anunciam sere cortados nos seus fundos de reforma. Eles empunharam cartazes com palavras de ordem da luta na Grécia, nomeadamente o famoso banner exposto na Acrópole “Povos da Europa Levantai-vos!” A solidariedade internacionalista exige que esta bandeira seja também levantada nos Estados Unidos. As cadeias imperialistas serão quebradas, a vontade dos povos prevalecerá.

Na BBC um médico que participou nos protestos ao lado dos trabalhadores e estudantes na praça Syntagma declarava: “O povo definhará e morrerá devido a estas medidas. Muitos de nós não mais terá recursos para obter cuidados médicos”. Aleka Papariga, do Partido Comunista da Grécia (KKE) e também deputada no Parlamento grego, colocou as medidas de austeridade na mesma perspectiva quando disse: “O povo deverá lutar por uma solução com as suas próprias mãos e reaver aquilo que lhe é usurpado e lhe pertence””. [Os capitalistas] vivem bem, à custa do povo, porque as mais valias que eles roubam são desviadas em seu proveito durante o processo de produção”. (http://inter.kke.gr/). O KKE passou à ofensiva, declarando que a classe trabalhadora deverá ser severa com a União Europeia, o FMI e os Bancos, e deve lutar pelo poder. Três entidades juntas como inimigo, a mesma luta contra as 3 instituições.

A questão do Poder e de onde é proveniente a crise é uma importante questão para os trabalhadores do mundo inteiro, particularmente para os dos Estados Unidos. Quer seja um trabalhador no Wisconsin, em New York ou em Atenas na Grécia, nenhum deles tem nada em comum com os Banqueiros e Bilionários seja em que parte eles residam. Se os presentes governos, com as respectivas nuances conforme o tipo ou o lugar, não podem proteger e defender os seus povos, então o “dossier trabalhadores” e o poder do povo deve ser firmemente colocado na ordem do dia.
O défice é uma fraude. O dossier escondido é o de como a criação de valor que é gerado pelas classes trabalhadoras é distribuido e a contradição inerente de como a produção é organizada sob o capitalismo, criando uma crise de sobreprodução que resulta numa situação estrutural de desemprego permanente. Na realidade, os povos da Grécia, de Portugal, da Europa e dos Estados Unidos, quando se levantam, estão a combater o mesmo inimigo:o sistema capitalista globalizado. No dia 18 de Junho um artigo intitulado “As Ondas de Ricochete do Euro Atravessam os Estados Unidos” foi publicado no Wall Street Journal, mostrando como a economia capitalista está interconectada, com pequenas localidades e cidades mais importantes nos EUA a sentir aquilo que se passa na Grécia, na forma de subidas de juros sobre os titulos de dívida em bolsa emitidos pelos municipios (especialmente os patrocinados pela privada Dexia Company) factor que resulta em paragem de serviços e cortes orçamentais nos investimentos públicos – “Estamos longe de Wall Street e da Grécia, mas o impacto está a ser absorvido no coração das pequenas cidades da América” diz Kate Reardon, a porta-voz de Everett Wash, uma cidade de 104.000 habitantes, onde os custos dos empréstimos encerraram o ringue de patinagem e o pavilhão de eventos. Em Perris na Califórnia, onde se fazem acordos com os trabalhadores para irem para casa, os custos das dívidas assumidas aumentaram 30.000 dólares por mês, o equivalente ao que um professor universitário ganha num ano.

Conclamando o manifesto dos sindicatos gregos: “Apelamos a todos os trabalhadores, aos jovens, aos desempregados e às mulheres para incitarem e trazerem todos à revolta nas ruas. A nossa luta é a mesma de todos os povos do mundo inteiro, contra a barbárie capitalista
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