a “Carnificina de Lisboa” (III)
Política

a “Carnificina de Lisboa” (III)


¡Basta de utilizar a palavra antissemita para todo aquele que se opõe à política criminal-sionista do estado de Israel!. Nunca antes se viu um abuso verbal maior. Os árabes são tão semitas como os judeus bíblicos, e não como os de hoje, resultado da diáspora”
Gilad Atzmon, activista judeu anti-Sionista

Judeus pacifistas queimam bandeira de Israel

O espírito de negócios aliado à religião chamada Judaísmo substituiu a vingança sobre os credores por uma indemnização monetária. Karl Marx, em “o Capital”, analisou o modo como o dinheiro, à semelhança de outros bens, se transformara num fetiche, e a forma como o crédito, requeria as suas próprias crenças: “O crédito público passou a constituir o credo do capital. E com o crescimento do endividamento nacional, a ausência de fé na dívida nacional, toma o lugar do pecado” – é esta a ligação religiosa com a perseguição inventada de que se queixam os judeus enquanto grupo coeso, assumindo a diferença étnica; Como no holocausto, utilizam a vitimização para retirar dividendos politicos, económicos e sociais da totalidade da sociedade onde não se pretendem integrar. Se a Reserva Federal americana é uma obra judaica, são eles, enquanto assumido grupo étnico diferenciado, que recebem os lucros; porque em última análise, passando pelo intermediário BCE, todos os bancos comerciais precisam de re-financiar hierarquicamente os valores dos empréstimos àquela instituição privada.

O monumento ao “Massacre dos Judeus” é uma fraude

Há em Lisboa referências toponimicas incontornáveis remanescentes da nossa época medieval que atestam o anti-semitismo: os cadáveres de negros que pereciam, entremeados com baldes de cal, eram lançados como dejectos no Poço dos Negros, onde é hoje a rua com esse nome; os dos árabes na Rua do Poço dos Mouros; mas não há notícia de nenhum “poço para judeus”. Existem bairros como a Mouraria e a pequena viela denominada por Rua da Judiaria em Alfama (um bairro com o prefixo de origem árabe). Duas zonas referenciadas como judiarias extinguiram-se sem deixar vestigios circa de 1200; e consta segundo o arquitecto cristão João NunesTinoco que existiu uma sinagoga e “uma importante judiaria” na colina onde é hoje a rua da Madalena. Mas até o pai de Tinoco tinha morrido cem anos antes dos vestigios referidos terem desaparecido. Como se pode afirmar em concreto a importância desta influência judaica “popular” na cidade se, por exemplo, até hoje, apenas trinta anos depois, já temos dificuldades em impedir a distorção histórica do 25 de Abril e a reapropriação do espírito da data pelos neo-fascistas saídos do 25 de Novembro?

Contudo, a descrição da “matança de judeus em 1506” começa assim: “E tudo porque um cristão-novo teve a enorme infelicidade de tentar explicar um reflexo estranho que se via num crucifixo (provocado por um raio de sol) e que o povo via como sinal divino. O infeliz foi levado para o adro e ali mesmo queimado. Seguiu-se uma tresloucada caça ao judeu” (in “Os Judeus em Portugal”) onde os frades e a marinhagem estrangeira estacionada no cais da Ribeira tiveram um papel preponderante, tanto mais que grassava a peste em Lisboa e El-Rei estava ausente, protegido em Abrantes e impossibilitado de deter o massacre até que lhe mataram um fiel escudeiro, judeu!” Damião de Góis fala em mil mortos, crónica que é reescrita muitos anos depois pelo cronista judeu Meyer Keiserling que menciona “quase dois mil mortos”; e o jornalista que cobriu recentemente a visita de Cavaco Silva à sinagoga Shareé Tikvá em romagem à “Shoa” rematou com 4000! Cuidado, esta gente para inflaccionar mortos relaciona-se proporcionalmente com o mesmo apetite com que se produz dinheiro fictício nas impressoras dos Bancos Centrais. Mas, apesar da fúria inflaccionária, o que fica por provar é que o “todo o judeu” da lenda inventada não fossem apenas semitas, gente proveniente de diferentes grupos étnicos, mouriscos, negros, cristãos-novos, ciganos, a partir da expulsão todos conhecidos por “conversos”. A expulsão deu-se em 1494 e o “massacre dos judeus em Lisboa” acontece doze anos depois, em 1506, quando já “todo o judeu etnicamente puro” tinha abandonado o país. (como se viu no enquadramento histórico descrito em dois posts anteriores)

Segundo a historiografia moderna, desde a sua chegada à Península (a terra de Sefarad) “até aos dias de hoje, os judeus tiveram sempre um papel importante na vida de Portugal. As primeiras provas documentais da existência de judeus no futuro território de Portugal datam do século VI ou VII da nossa era. “Dom Afonso Henriques entregou a Yahia Aben-Yaisch o controlo total da arrecadação das rendas públicas, inaugurando a política proteccionista que continuará, com maior ou menor significado, até ao reinado de D. Manuel I. Os monarcas precisavam dos “judeus”, sobretudo por razões económicas: estes não só possuíam largas fortunas pessoais que ajudavam a corte a sobreviver, como também estavam obrigados a pagar pesadíssimos impostos e tributos. Por isso ocupavam altos cargos públicos normalmente associados com assuntos do Tesouro” (in “Os Judeus em Portugal”). Com a expulsão de Espanha em 1492, muitos milhares refugiam-se em Portugal e a maior parte acabará por ficar como cristãos-novos. A comunidade judaica desaparece, enquanto entidade autónoma. Mas “os judeus”, as suas fortunas e as suas capacidades de trabalho, permanecem no país, ao serviço do reino, como também se viu no caso do banqueiro Jacob Fugger.
Como hoje, os judeus não eram “desgraçadinhos” perseguidos por motivos religiosos, eram homens de negócios ricos e prósperos – era essa a razão de ódio dos que nada tinham, manipulados pelas crenças católicas e pela oligarquia clerical que levou a cabo a instauração da Inquisição. (uma máquina de fazer judeus?)



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