a Coreia do Norte (e os outros)
Política

a Coreia do Norte (e os outros)




Morreu um chefe de Estado estrangeiro, fez-se luto como normal; mas a anormal diplomacia canalha dos media portugueses não vislumbram nada de mais estupidificante que ilustrar a notícia com uma anónima caralheta em riste para o finado, acompanhada das mais infames diabolizações e mentiras grosseiras, tala como ridicularizar o tradicional choro compulsivo das carpideiras. Juntamente com Cuba, (com o rápido aproximar do Irão), a Coreia do Norte é o país que mais sofreu e sofre com as mentiras da propaganda ocidental em todos os tempos (apenas porque é uma das pontas de lança apontadas à destruição do Capitalismo)

"onde nem parece que estamos na Europa", a Reuters mostra a fome ... (da Coreia do Norte é que nada) obviamente, a Agência Reuters esconde o seu lixo nas traseiras do quintal, conforme notou uma comentadora no site: "eu moro em Vancouver no Canadá e aqui na baixa temos 1.600 pessoas a viver na rua, sem nada..."



Depoimento de uma jovem estudante da Coreia do Norte que se comove ao recordar-se ver coreanos quando visitou a parte Sul do país subjugado pelo regime capitalista, sem uma casa para se abrigar, sem alimentos, vivendo na rua como animais:



A etnia coreana espalha-se por toda a peninsula da Coreia e pela China adentro onde coexistem com outras minorias como a dos uigures, tibeto-birmaneses, kmers e outras. Secularmente assim foi até o general Douglas MacArthur desfazer a nação coreana na década de 50. É o resultado disso, sem uma perspectiva de reunificação para breve, que temos ali, uma nação artificialmente partida em duas pelos interesses neocoloniais imperialistas norte-americanos. Na última década a sua importância foi relevada pela famigerada campanha de Bush contra o "Eixo do Mal". Diaboliza-se a Coreia do Norte como o país mais secreto do mundo, fala-se cretinamente em “isolamento”, sabendo-se das suas afinidades com as potencialidades da China (a 2º economia mundial, que é igualmente um regime socialista, não esquecer) com a qual a Coreia do Norte tem uma fronteira franca.

No regime socialista da Coreia do Norte a direcção sempre foi colectiva, é uma inominável pulhice afirmar-se que o povo é dirigido por um ditador avulso ao estilo sul americano aos quais os Estados Unidos deram apoio militar e dinheiro por décadas – o Presidente no regime norte-coreano assume-se apenas como um simbolo da Comunidade, garante das políticas definidas pelo Comité Central do Partido Comunista, que é um orgão colectivo que submete as suas deliberações ao escrutínio do povo e as corrige, emenda e volta a submeter a votação. É um processo perene, de revolução permanente, imaculadamente democrático.

Os norte-coreanos, cem por cento educados por escolas gratuitas, compreendem a nossa cultura. O sucessor Kim Jong-un é um fervoroso fã do Eric Clapton... vá lá, não apreciam os nossos banksters e aí é que está o problema; mas a maioria dos trogloditas da nossa praça não entendem nem querem entender um boi da cultura do Outro (e o Outro sou Eu, disse Saramago), por exemplo, o choro compulsivo de grupo por uma perda irreparável ou a estética do sincronismo colectivo (uma coisa impar, quase tão perfeita como as sociedade construidas por formigas ou abelhas, onde a maioria dos operários é capaz de morrer para salvar o seu Simbolo, a Rainha, José Estaline, Kim Jong II, seja quem seja... quando, muitos de nós jamais daríamos um peido pelo Cavaco quanto mais pegar numa arma pelo Barroso, pelo Soares, ou qualquer outro escroque dito "democrata", uma transliteração pós-moderna para o velho fascismo doravante em aplicação global - aplicável a todos, menos à Coreia do Norte, obviamente, a Arte produzida pelo colectivismo é aliciante e socialmente indestrutivel; ora compare-se lá a sua organização com os bandos de escumalha que “democratizaram” a Libia:




(foto de Kim il-Sung e Mao Tse-Tung retirada daqui)
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