Face à visita do vice-presidente dos EUA Joseph Biden a Israel a imprensa tem divulgado e dramatizado a suposta condenação do Estado Sionista em virtude da pré-intenção de construir mais um Colonato em Ramat Shlomo na área árabe de Jerúsalem. Que pensar? Que Israel tomou a decisão de construir mais 1600 casas e depois chamou Biden para lhe impôr uma espécie de autoridade “independente” dos 30 mil milhões de dólares de ajuda anual dos EUA ao país? – Posto de surpresa perante a provocação, pode o incauto leitor de jornais imaginar o desconforto do mais alto cargo da administração Obama a visitar Israel - situação aliás realçada pelo próprio cabeçalho da nota apensa pela Embaixada dos Estados Unidos em Telavive: a parceria entre os dois paises sai endurecida desta visita do vice-Presidente Biden. Mais títulos: “Tensão no Médio Oriente: Biden condicionou o progresso da paz no Médio Oriente a que Árabes e Muçulmanos se entendam. (Moderados colaboracionistas com a ocupação e radicais que exigem o direito de regresso aos refugiados e a implantação dos 2 Estados previstos na resolução da ONU de 1947). Têm de se entender sobre isto tanto como têm de entender "a solidez das relações entre Wasgington e Telavive (...) Haverá progressos no Médio Oriente quando todos souberem que simplesmente não existem brechas entre os Estados Unidos e Israel quando se trata da segurança israelita”. Entendidos? E sugeriu estar à disposição da Autoridade Nacional Palestina de Abbas e Israel para iniciar negociações indirectas sob mediação norte americana. Quem não estiver disposto a aceitar a conciliação com os assassinos de centenas de milhar de palestinianos sabe o que os espera.
Dito pelas palavras escritas do insuspeito jornal Público: “O inquérito sobre o assassínio de um líder do Hamas no Dubai mostrou que a Mossad israelita “está 99 por cento, senão mesmo 100 por cento” por trás deste crime. Responsáveis do Hamas em Gaza acusaram entretanto membros da Fatah, do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, de terem colaborado com Israel para matar Abdel Raouf al-Mabhouh”. Portanto, pensou Joe Biden, teremos “negociações” com todos aqueles que não conseguirmos abater”; como tantas outras que de igual modo se têm processado durante décadas sempre com os mesmos resultados: a ruptura e a afirmação do mesmo “destino manifesto” que inaugurou a fundação dos Estados Unidos, sob os seus dois lemas fulcrais, “America first” ( ou Israel First, como se fossem os únicos povos na terra eleita) e “My country wright or wrong” um autêntico hino ao militarismo e à compra e venda de armamemto. Estados Unidos e Israel, poderão duas gotas de água ser mais parecidas? Não podem portanto restar dúvidas sobre o “quem é quem” neste processo... - depois de posto ao corrente da autorização para os novos colonatos Biden reagiu e condenou o expansionismo sionista (sem empregar o termo). Para saber mais do que dizem os media oficiais bastará seguir os passos da visita e os interlocutores de Biden, realçando a saudação à chegada a Telavive dirigindo-se ao presidente Shimon Peres: “It's good to be home!”
(o restante do discurso, deveras esclarecedor, será traduzido amanhã). Para já fica a impunidade do discurso de um espectro sem alma que vagueia por detrás da desumanização do planeta Terra, o interlocutor sionista de Biden que tem a ousadia provocadora de afirmar: “Graças ao nosso talento, os nossos contactos e ao nosso dinamismo, chegaremos a qualquer sítio”. É uma mensagem assustora. Tanto quanto as hordas de Hitler tentaram o controlo do Mundo pelas armas, assim as hordas sionistas o tentam fazer pela emissão de dinheiro sem qualquer relação com o seu valor material. Shimon Peres reconhece abertamente que Israel está a tentar fazer o controlo de diversos paises: “Sim, estamos comprando tudo o que podemos, a Roménia, a Polónia (...)”
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