Política
Palestinianos travam batalha urbana contra ocupação israelita em Jerusalém
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O embaixador norte americano em Telavive, Michael Oren, alertou para "
uma crise de proporções históricas". Israel já roubou 80 por cento do território palestiniano; e continua a construir ilegalmente colonatos na parte que resta da Palestina. Tudo isto tem acontecido sob o olhar condescendente da
coligação wasp anglo-americana-europeia que
patrocinam em conjunto de facto o expansionismo judeu-sionista. Há que tomar partido contra uma das mais diabólicas injustiças que foi legada ao século XXI; e no entanto, apesar dos 1,3 mil milhões de árabes no mundo, devido à benevolência e passividade da doutrina islâmica, nada acontece passível de corrigir a situação.
O brasileiro Lula da Silva, que esteve até ontem de visita a Israel recusou-se a visitar a tumba do fundador da doutrina sionista Theodor Herzl. Como retaliação, o tresloucado militante de extrema direita que desempenha as funções de ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lierberman, resolve
boicotar a presença de Lula na câmara dos deputados. Por sua vez o presidente brasileiro que chegou esta tarde à parte que resta da Cisjordânia
visitará o túmulo de Yasser Arafat.
Manifestações de
judeus religiosos ultra ortodoxos empunharam ontem faixas onde se lê “
todos os não-judeus devem deixar esta terra” – os promotores explicam: “o antigo testamento diz que a Terra de Israel é pequena e pertence apenas aos judeus. Todos os outros não terão permissão para ficar permanentemente. A esses dizemos que deixem a terra de Israel por forma a garantir a paz nesta terra. Existem versículos tanto na Torah como no Corão que dizem isso mesmo”. A retórica escrita nos panfletos distribuídos continua: “depois de terem visto estas divinas explicações, e o Islão é uma religião de
crentes obedientes, verão que
têm muitos países nos quais poderão viver. Vocês têm de entender que nós estamos a cumprir os mandamentos do “antigo testamento”, por isso sugerimos que
negoceiem com Israel por forma obterem reembolsos pela vossa partida”. Nenhuma organização assumiu declaradamente a mensagem, mas a avaliar pela constante presença desde 1948 dos partidos religiosos em todos os governos de coligação no poder, é fácil depreender que
este é de facto um comunicado oficial que
anuncia a politica das próximas acções de Israel.
Militarmente há algo que confirma a intenção:
o General Petraeus no relatório divulgado imediatamente antes da visita do vice-presidente Joseph Biden reclamava que
os territórios da Margem Ocidental e Gaza deveriam passar a integrar o Comando Central norte americano das forças de intervenção presentes no Médio Oriente.
Matar em nome da construção de mitos religiosos(e não esquecer, também das fontes petroliferas próximas)
O pretexto para o desencadear de mais uma acção bélica contra populações civis desarmadas no território mártir da Palestina tem sido
a reconstrução da sinagoga Hurva (sem nenhum valor arquelógico uma vez que a construção em ruinas data apenas do século XVII),
obliterando o local de raiz árabe; e a intenção de instalar na mesma zona da Cidade Velha de Jerúsalem mais 1600 familias de judeus sefarditas angariadas como emigrantes por esse mundo fora ao abrigo da abjecta “
lei de naturalidade judaica” para virem
engrossar o caudal de carne de canhão na ocupação. O cerco e o previsível isolamento da zona da Mesquita Al-Aqsa tem sido persistente convertendo-se a arqueologia no local num assunto de validação com provas falsas e fabricadas de um pretenso direito a territórios das tribos nómadas essénias da antiguidade. Em Israel a arqueologia converteu-se num campo de investigação que não raro tem dado lugar ao assassínio de investigadores que apresentem provas que refutem as intenções dos sionistas. É este estado de coisas que levou
o Hamas, único representante legitimo dos povos árabes da Palestina, a decretar “um dia de fúria”.
Desde ontem já foram assassinados mais 7 palestinianos nos confrontos com as forças militarizadas de IsraelMovimentações internacionais George Mitchell o “emissário especial” dos EUA para o Médio Oriente
adiou a visita prevista para hoje.
Netanyahu está de visita a Moscovo para tentar obter apoios para a aplicação de sanções ao Irão. O chamado Quarteto para o Médio Oriente (EUA, União Europeia, Rússia e ONU) reúne-se também
em Moscovo no próximo dia 19. Mas as maiores expectativas estão reservadas para
os discursos de Hillary Clinton e do 1º Ministro de Israel na Associação Judaico-Americana AIPAC, organização também dominada pela extrema direita sionista, que já
intimou o presidente Obama a "baixar a tensão nas relações com Israel”. A reunião deste órgão onde os executivos políticos vão manifestar a sua concordância com as disposições tomadas pelo Lobie Sionista americanao decorre em Washington entre os dias 21 e 23 de Março. Entretanto esta semana
o Irão anunciou a sua entrada no clube da energia nuclear. Talvez seja esta a principal razão porque os norte americanos tenha vituperado Israel, segundo veicula a nossa pró-judaica alinhada
imprensa: “Vocês pensam que podem embaraçar o vosso único aliado no mundo sem consequências?
Vocês perderam totalmente o contacto com a realidade". Ou talvez não…
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