a troika que os pariu
Política

a troika que os pariu


Toda a imprensa generalista de hoje é unânime: ontem foi dada uma colossal ordem de expulsão a este governo de serventuários do capital estrangeiro (sim, porque o capital nacional tem uma expressão irrisória).

Mas haverá quem pense que esta quadrilha de pseudo-governantes obedece à vontade da maioria do povo português?
que se vão embora por sua iniciativa?
Não!, têm de ser corridos, expulsos pela luta daqueles que toda a vida trabalharam. Ao contrário de Passos e Seguro, uns jotinhas amestrados que nunca fizeram nada na vida.

Uma certa “esquerda” questiona-se sobre o que será essa coisa de “povo português” e têm fé num sistema eleitoral manipulado desde os seus fundamentos, que permite que grupos políticos anunciem nos seus programas uma coisa e depois de eleitos façam outra coisa diametralmente oposta; sem que isso tenha consequências, excepto na troca, assente na memória curta, de um grupo por outro grupo (ambos pactuados com o neoliberalismo) que nos apresentam mentiras novas como alternativa.
A resposta aos crentes no sistema - de que o voto basta para o exercício pleno da democracia (medida in abstractum, como se esta não fosse sustentada por uma economia redistributiva, afinal a única razão da existência do “Estado”) e existissem regras que impedissem o alastramento da nova figura de “deficiente económico” – foi dada ontem nas ruas: quem vive do rendimento do seu Trabalho foi à manifestação; quem vive de rendimentos do Capital (que mais não é que Trabalho acumulado extorquido ao trabalhadores) naturalmente não foi. É esta a grande unanimidade nacional que está criada, a luta de classes de sempre, que opõe o Trabalho contra o Capital.

Pelo meio desta dicotomia principal existem decerto outras nuances de classes sociais, a dos estúpidos que interpretam a realidade do que acontece pelos títulos dos jornais e televisões que os manipulam. É o caso do Correio da Manhã, que hoje faz capa do “sinal vermelho mostrado pela Policia à violência”. Como se os infiltrados pelas autoridades no acontecimento não estivessem ao serviço do Governo tal como este pasquim (que não por acaso é o de maior tiragem num país onde tem semeado o analfabetismo politico por décadas) . Sabe quem viu que a manifestação foi outra coisa, que irá ter sérias consequências para os detentores do Poder sustentado no monopólio da propriedade privada dos bens públicos e no endividamento crónico aos interesses estrangeiros
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