Política
Aldrabar as contas da Grécia: um jackpot de 600 milhões de euros para o Goldman Sachs
Com os olhos de hoje, vale a pena reler um artigo do jornalista da Bloomberg Nick Dunbar de 2003 para percebemos bem porque é que ele foi convocado para
explicar numa das Comissão do Congresso a mecânica dos produtos financeiros derivativos, que nem as contrapartes destes mesmos contratos entendiam!
Pela primeira vez, dois dos principais protagonistas, Christoforos Sardelis, director chefe do organismo grego da gestão da dívida pública em Atenas entre 1999 e 2004 e Spyros Papanicolaou, o seu sucessor em 2010, evocam publicamente a
transacção que permitiu à Grécia ocultar a extensão do seu endividamento. A transacção consistia na troca de dívida grega, emitida em dólares e em ienes, contra euros,
utilizando uma taxa de câmbio fictícia para reduzir a dívida em 2%, dizem os dois antigos funcionários gregos. Mas, tal como o reconheceu Sardelis, os seus serviços não estavam equipados para compreender a complexidade do contrato assinado com a Goldman Sachs em Junho de 2001 - quer dizer, os dois responsáveis pela gestão da dívida pública na última década reconhecem hoje que não sabiam o que estavam a assinar. E imaginar que no espaço de quatro anos,
através de um produto derivado destinado a esconder o empréstimo, a dívida assim contraída pela Grécia junto do Goldman Sachs iria passar de 2.8 mil milhões, para 5.1 mil milhões de euros. No momento da assinatura, reconhece Sardelis, a permuta parecia-lhe rentável tanto para o seu país como para o banco. A ouvi-lo, dois eventos fizeram explodir o custo da operação para a Grécia. A primeira foi
a queda do mercado obrigacionista após os atentados de 11 de Setembro de 2001, porque a fórmula imposta pelo Goldman Sachs, teve forte incidência sobre os reembolsos. Em seguida, a escolha do banco, em 2002, de um
novo índice assente sobre a inflação na área do euro provou ser devastador.
(fonte)Conclusão:
o Goldman Sachs sabia com antecedência que o 11 de Setembro iria ocorrer; e que de seguida a Europa, inundada pela compra de valores bolsistas ficticios, seria atacada pelos emissores financeiros norte americanos por forma a disseminarem as suas astronómicas perdas.
O resultado da operação foi uma gigantesca fraude que fez do suposto salvador, no caso o Goldman Sachs, o operador da derrocada da Grécia e de boa parte da Europa. Levando-se em conta somente os bancos franceses, a aventura grega custou 7 bilhões de euros : o BNP Paribas perdeu 3,2 bilhões, o Crédit Agricole, 1,3 bilhões, a Société Générale, 892 milhões, o BPCE, 921 milhões e o Crédit Mutuel, 359 milhões. Esse foi o custo só para o sistema bancário francês :
os povos pagaram e pagarão em sacrifícios e privações muito mais do que isso. No meio desta grande mentira, há um personagem que hoje é central :
trata-se de Mario Draghi, o actual presidente do Banco Central Europeu e grande partidário de terminar de uma vez por todas com o modelo social europeu. Draghi é um homem do Goldman Sachs. Entre 2002 e 2005 foi vice-presidente do Goldman Sachs para a Europa e, por conseguinte,
estava a par da falsificação de dados sobre as finanças públicas da Grécia. Foi o seu próprio banco que estruturou a falsificação.
O esquema é recorrente. Perpretado por empresas financeiras falidas antes da crise e que
agora são multimilionárias: sem que se saibam nomes (que decerto são relacionados com a actividade de António Borges como nº2 do Goldman Sachs)
o DIAP investiga fundo americano por manipulação da dívida portuguesa .
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