Venezuela, Bolívia, Paraguai e Equador estã ameaçando dar calotes no Brasil que podem chegar a US$ 5 bilhões. Neste caso, a diplomacia brasileira precisa dar todos os sinais para esses países de que negócios são negócios, e que a amizade está à parte. O BNDES aumentou muito a sua exposição ao risco em países da América do Sul. Agora tem que se preparar para a cobrança.
Tudo começou com o Equador, que está em discussão de sua dívida há muito tempo. O repórter José Casado, do jornal O Globo, mostrou que nós brasileiros ajudamos a consolidar esse risco de calote. O ministério da Fazenda cedeu uma auditora, paga com dinheiro brasileiro, para que que ela ajudasse a fazer a auditoria da dívida do Equador. E a conclusão a que se chegou é que não deveria pagar ao brasil. Tem cabimento?
Esse processo ganhou força quando a Bolívia colocou tropas dentro de uma empresa brasileira, a Petrobras, e o Brasil divulgou nota para dizer que a Bolívia tinha direito de defender sua soberania. Como se os investimentos da Petrobras na Bolívia colocassem em risco a soberania deles.
Essa confusões que a diplomacia brasileira fez no governo Lula, o excesso de empréstimos sem causa de proteção, colocaram o Brasil nesta situação.
Agora a Venezuela diz que também quer rever a dívida com o Brasil. Estamos sendo tratados como "o gringo" da vez por esses países. Ideologia e empréstimos bancários não combinam muito. Se o Equador não paga, quem paga somos nós, que mantemos o Tesouro.
Pelo menos desta vez o governo tomou a decisão certa de chamar de volta o nosso embaixador do Equador.