Política
Carris: pague dois e leve um
A população de Lisboa em geral tem bem presente os
cortes efectuados no sector dos transportes públicos, particularmente no que diz respeito à supressão de carreiras,
aumento desmesurado de 24% do preço dos bilhetes e passes ex-sociais e na
sobrelotação de passageiros nas horas de ponta e aos fins de semana, um quadro degradado no cosmopolitismo de uma cidade que hoje em dia mais parece ser não europeia. Tais medidas levaram a
perdas de 12 a 15% no número de passageiros. Com estes cortes, aumentos e medidas de austeridade a Carris poupou 15 milhões de euros em 2012.
No mesmo período em contratos de empréstimos "protegidos por swaps" a Carris pagou 18 milhões de euros.
Este ano estima-se que irá pagar 21 milhões.A empresa contraiu em 2005 um empréstimo de 215 milhões de euros, pelo qual paga actualmente uma
renda trimestral a bancos estrangeiros com juros a 5%, sendo o buraco actual de 116 milhões de euros. Com este governo, entre 2011 e 2013 a
dívida a curto prazo da Carris saltou de 32,2% para 122,9%. Enquanto se verifica esta gestão danosa por parte das administações nomeadas por PS e PSD, os trabalhadores da Carris, atingidos pela precariedade, recolhem alimentos para os colegas em maiores dificuldades
por causa dos cortes nos salários.
A autarquia de Lisboa (CML) reclamou o direito de ter uma palavra a dizer sobre a política de transportes na cidade. E como pensa António Costa intervir junto do governo? afirmando que
as receitas das empresas municipais ligadas à mobilidade devem ser canalizadas para os transportes públicos, ou seja, Costa propõe-se pagar o sector dos Transportes com as receitas da EMEL e do IMI - dito de outro modo,
pela caça à multa ao cidadão automobilista, e pelo
aumento desproporcionado do Imposto Municipal sobre os Imóveis decretado por este governo de Passos Coelho (NRAU 31/2012) sobre a anterior
Lei dos Despejos para Inquilinos e dos Benefícios Fiscais para as Sociedades Financeiras Imobiliárias, decretadas pelo governo anterior de Sócrates com o pretexto da criação das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU),
mandada suspender no inicio desta legislatura deste actual governo com
assessoria técnica do gabinete de advogados José Pedro Aguiar-Branco e agora de novo retomada.
* A Carris é apenas a sétima no ranking das empresas públicas mais atingidas pela fraude dos swaps (67 731 euros). Com mais prejuizos, temos antes a CH-Lisboa Norte (68 756), os STCP (72 120), a Refer (de onde é originária a actual secretária de Estado que recusa demitir-se, com 92 114 milhões de euros), a CP (223 940), o Metro do Porto 491 357) e o Metro de Lisboa (588 846 milhões de euros).
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