change (IV) - os Exércitos Sombra
Política

change (IV) - os Exércitos Sombra


Ninguém sabe ao certo, mas acredita-se que mais de 40 por cento do orçamento militar vai para empreiteiros privados, incluidos empresas de segurança (exércitos) privados.
Existem milhares de mercenários privados operando na retaguarda das forças militares ocupantes no Iraque e em inúmeros outros sítios por esse mundo fora.
Aproximadamente 1000 foram mortos apenas no Iraque, mas o número de feridos não está contabilizado. Têm no curriculo diversas acusações por assassinato de civis a sangue frio. Sem problemas segundo o Departamento de Estado presidido por Condi Rice. Nem o próprio Congresso está habilitado a descobrir exactamente quantos mercenários a administração dos Estados Unidos lá empregam. Uma destas firmas, a famigerada Blackwater USA, uma grande apoiante de George Bush, opera agora também dentro do país. Estiveram presentes para impôr a ordem após o rebentamento dos diques em New Orleans. O seu contrato para assegurar a segurança aos “diplomatas” dos invasores americanos do Iraque acaba de ser renovado. Porquê?

o Departamento de Estado reclama que não consegue arranjar mais ninguém para desempenhar tais trabalhinhos. “Não podemos operar no Iraque sem as empresas de segurança privadas, disse em tempos o subsecretário Patrick F. Kennedy – “Se retirarem esse tipo de forças, os militares serão forçados a sair também” – bizarro, não será?
Para recordar como funcionam estas empresas, e de como funciona tudo isto, pode-se aceder a este video da "Brasschecktv.com"

War PLC

a Ascenção das Novas Corporações de Mercenários – (The Rise of the New Corporate Mercenary)

O livro de Stephen Armstrong faz-nos entrar no mundo dos Contratos das Empresas Privadas – equaciona uma listagem de corporações com acções cotadas em Bolsa, uma versão actualizada ao neoliberalismo dos velhos a grupos de mercenários que actuavam de motu próprio por conta de individualidades obscuras, (como o filho de Margareth Tatcher, condenado judicialmente em África)
Eles agora não são mais os enlameados Cães de Guerra negociando no terreno exércitos privados em prósperos acordos locais protegendo da ameaça das populações iradas a exploração de riquezas minerais – a nova vaga de soldados privados operam segundo contratos de milhões redigidos por executivos nos seus escritórios de negócios em Londres, Washington, Paris ou Oslo.
Conquanto todos os operacionais regra geral sejam ex-soldados de Forças Especiais, a CIA fala em “legionários estrangeiros”: encontramos-os trocando tiros com os insurgentes em Bagdade, patrulhando edifícios governamentais no Afeganistão, espiando os activistas em manisfestações contra a degradação ambiental, ou protegendo barcos com carregamentos piratas em águas internacionais.
Depois dos lucrativos contratos proporcionados pela “Guerra contra os Terrorismo”, os planos destes homens tornaram-se ainda mais ambiciosos – no sentido de oferecer aos governos e corporações empresariais discretos e bem treinados exércitos privados. Com as democracias ocidentais não muito dispostas a ver os seus filhos morrer em poeirentas terras estrangeiras, eles são parte das nossas novas grandes subcontratações em outsourcing na grande empreitada da privatização da guerra. Este livro examina como chegámos até aqui, como estas companhias operam, e como estamos tão próximos de permitir-lhes fazer a gestão dos (nossos) campos de batalha engendrados pelas nossas oligarquias
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