Política
CLÓVIS ROSSI Também quero o meu
MADRI - Rafael Vidal, o jornalista de "El País" encarregado da seção que resume o movimentos das Bolsas, perdeu a paciência, mas não o humor. Deu ontem o seguinte título: "Hay problemas para cualquier solución".
De fato, os "explicadores" da gangorra nas Bolsas conseguem criar um problema para cada solução que os governos acham que arranjaram.
Antes, o problema era o risco de os bancos quebrarem um após o outro.
Aí, vieram a galope o Sétimo de Cavalaria (fora o Oitavo, o Nono, o Décimo e, agora, a Guarda Suíça) com a mais formidável pilha de dinheiro jamais vista.
Resolveu só por dois dias.
Depois, veio a nova "explicação": o mundo está entrando, ou já entrou, em recessão. Grande novidade: na semana anterior, até o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, havia dito que o mundo estava à beira de uma recessão planetária. Mentira. Países como China, Brasil e cia. não terão recessão neste ano e talvez nem no ano que vem, salvo barbeiragens (sempre possíveis, ressalve-se).
Aí, quando a explicação da recessão já ficava repetitiva, volta a crise bancária. Tem gente dizendo que os pacotaços não bastam. E não é só gente de mercado. O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, afirmou ontem que precisa mais, sob pena de não se restabelecer a ordem.
Aposto que a próxima "explicação" será o "me dá o meu aí, ô". Afinal, do presidente Nicolas Sarkozy ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi, uma porção de gente graúda acha que é preciso dar dinheiro (obviamente o meu, o seu, o nosso dinheirinho) também para incentivar a economia real, não apenas a financeira.
Se é assim, eu fecho com Thomas Straubhaar, diretor do Instituto Hamburgo para a Economia Internacional, que diz: "Todo contribuinte deveria receber um cheque do governo neste ano".
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