Dilma defende relação mais forte do Brasil com a Colômbia
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Dilma defende relação mais forte do Brasil com a Colômbia


Dilma defende relação mais forte do Brasil com a Colômbia
FOTO: Roberto Stuckert Filho

A próxima década será da América Latina. Esta visão foi compartilhada pela candidata Dilma Rousseff e o presidente da Colômbia, Juan Manoel Santos, num encontro hoje em Brasília. Segundo Dilma, em seu governo, a parceria com a Colômbia será reforçada, não apenas no controle das fronteiras, mas também na exploração dos recursos naturais, abundantes nos dois países.
“Nós compartilhamos a visão comum sobre a importância da relação entre Brasil e Colômbia na década que se inicia agora. É a década da América Latina”, disse a candidata, em entrevista coletiva após encontro com Santos na Embaixada da Colômbia.
Ela citou a possibilidade de parcerias nas áreas de energia, destacando os combustíveis renováveis, de produção de alimentos e da biodiversidade. Além disso, para a candidata, Brasil e Colômbia possuem indústria e agricultura desenvolvidas.  
“Temos uma visão estratégica da América Latina pelo fato de a gente compartilhar grandes reservas de água e uma biodiversidade extraordinária. Isso nos coloca também grandes desafios na área de biotecnologia”, afirmou Dilma.
Segundo ela, a Colômbia e o Brasil têm grandes possibilidades de alcançar a condição de economia desenvolvida nos próximos anos.
Inclusão social
Segundo a candidata, o presidente da Colômbia mostrou-se interessado pelos programas de inclusão social do governo Lula, sobretudo, aqueles voltados para o campo. Com 50% de sua população na pobreza, a Colômbia tem ainda o desafio de restabelecer no campo os trabalhadores rurais cooptados pela guerrilha e resgatados pelo Exército.
“Expliquei como funciona nossa agricultura familiar, com os programas para compra de tratores e de aquisição de alimentos, e o  financiamento por meio do Pronaf para dar sustentabilidade à reforma agrária”, contou Dilma.
Controle das fronteiras
Ela considerou “crucial” o policiamento da fronteira entre Brasil e Colômbia para evitar a entrada do crime organização em território brasileiro. Para reforçar esse monitoramento, Dilma explicou ao presidente Juan Manoel Santos que serão adquiridos dez aviões não tripulados.
“O controle da fronteira é importante para o processo de pacificação da América Latina”, defendeu.
A candidata reforçou ainda que o Brasil só participa das negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se for convidado. “Nós temos uma posição clara em relação as Farc. Somos contrários ao narcotráfico. Portanto, não temos por que participar, a não ser a pedido da Colômbia, de qualquer atividade de pacificação ou diálogo com as Farc. Se a Colômbia solicitar a presença do Brasil, nós vamos participar.”
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