Política
E o debate continua...
No sábado passado, nosso amigo alvinegro Neto postou um texto aqui sobre as dificuldades de convivência com os adolescentes hoje em dia. Hoje, fazendo minha ronda pela internet achei este outro texto do Júlio Sérgio Cardoso:
"Como fazer a geração playstation escrever, ler, raciocinar?
A característica que domina essa geração é a busca pela informação instantânea. Desafio que atinge não só os pais, mas as escolas, que não percebem a mudança acentuada de comportamento desses jovens.
Se por um lado a família - hoje pouco presente em casa - não consegue entender o que seus filhos pensam, por outro a escola ainda não encontrou a fórmula certa da equação. Insiste no modelo antigo, que obriga as crianças a escreverem textos longos e ao decoreba.
As tradicionais provas discursivas de antes não se encaixam mais na realidade atual. É preciso dar oportunidade para que os estudantes escrevam da forma que gostam. Estaria exagerando se falasse em redações com 140 caracteres, como funciona no Twitter? Pode ser, mas a geração playstation absorve informações com a mesma rapidez que as troca com as pessoas ao seu redor.
Eles estão condicionados a esse formato de 140 caracteres. Certo ou errado, o fato é que para essa geração fica cada vez mais difícil se concentrar em textos longos. Os próprios teclados dos celulares impedem de escrever muito e o MSN, , principal meio de comunicação dessa faixa etária, tem um formato que induz a mensagens curtas, compactas; praticamente indecifráveis para as gerações anteriores.
Precisamos encontrar uma maneira de convencer essas crianças da geração playstation de que ler é bom. Quem sabe o “Kindle” - leitor eletrônico de livros da Amazon.com - seja útil nessa difícil tarefa? Como na minha época de vestibular, todo mundo quer um resumão. Reproduzir os conteúdos na íntegra talvez não seja a solução.Mas o e-book é modernoso, funciona como uma espécie de prancheta digital, e, certamente, chamará a atenção dessa geração.
Outro dia, quando perguntei à filha de uma amiga sobre o que ela achava do Kindle, seus olhos brilharam. Para minha surpresa, ela disse que detestava livros - o que é uma unanimidade entre seus colegas de escola - por terem muitas páginas e nunca se chegar ao final da história.Entretanto, a possibilidade de ter mais uma parafernália tecnológica a seduz. Foi quando ela disparou: “é muito mais divertido!” Acredito que sua mãe não vai achar, ainda mais pelo preço - cerca de mil reais para o consumidor brasileiro.
Ainda perplexo com tudo isso que tenho visto, só posso afirmar que não tenho as respostas, só preocupações e indagações. Segue, então, o debate!"
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