Espanha atinge recorde histórico de desemprego
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Espanha atinge recorde histórico de desemprego


A Espanha alcançou o índice recorde de desemprego de 17,36%, o mais alto de sua história.
O Instituto Nacional de Estatística revelou nesta sexta-feira que já são 4.010.700 trabalhadores na rua, com uma média de quase nove mil demissões por dia.
A cifra supera as piores estimativas do governo, que previa um índice de 15,9% até o final de 2009. Só no primeiro trimestre do ano, 802.800 pessoas ficaram sem emprego.
Segundo as novas estatísticas, mais de um milhão de famílias no país estão com todos os seus membros em idade produtiva desempregados. Em um ano, esse índice aumentou em 108%.
Os imigrantes também aparecem na pesquisa como grandes prejudicados, representando 28% dos desempregados, 8% a mais do que no último trimestre de 2008.

'Recuperação lenta'
A nova ministra de Economia, Elena Salgado, que assumiu o cargo no último dia 7, admitiu que os resultados "são piores do que o esperado", mas acha que a partir do próximo mês "a tendência é a recuperação, ainda que seja lenta".
O desemprego lidera os índices negativos da economia espanhola. O país entrou em sua primeira recessão nos últimos 15 anos e perdeu 1.836.500 vagas com carteira assinada em 12 meses.
Em janeiro, a Espanha já dobrava a média de desemprego dos 28 países da União Européia: 14,4%, enquanto a média da UE era de 7,4%.
Apesar do controle da inflação (1,4%) as expectativas de melhora na situação são poucas. O FMI também revisou suas estimativas para a Espanha. Em janeiro, o fundo previa 1,7% de contração para 2009, e agora, prevê 3% de crescimento negativo.
Segundo o último relatório sobre perspectivas da economia mundial do FMI, a Espanha só começará a sair da crise em 2014, quando retomar o ritmo de crescimento.
A previsão é de que o país continue com um índice de desemprego duas vezes maior que a média das economias desenvolvidas ao menos até 2010.
Se as estimativas do FMI se confirmarem, os espanhóis terminarão 2009 com 17,7% de desemprego e chegarão aos 19,3% no ano que vem; enquanto as nações mais ricas do mundo atingirão os 8,1% este ano e 9,2% em 2010.





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