Política
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o Presidente da República promulgou as alterações ao Código do Trabalho, exortando a que "a partir de agora (...)
se assegure (...)
a estabilidade legislativa (...)
com vista à (...)
recuperação do investimento, criação de emprego e relançamento sustentado da economia"
O legislador nacional cumpre as ordens emanadas do novo ordenamento global (NWO) para o trabalho, que manda reduzir substancialmente o montante do salário.
A própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) descobriu, faz mais de uma década...
... que os políticos (e os sindicalistas deles dependentes) acabaram por perceber que os governos neoliberais “
podem viver com um desemprego elevado se só estiver seriamente ameaçada uma minoria de talvez 20% da população” – número acima do qual se torna potencialmente perigosa (para a burguesia) a eclosão de uma revolta. É nesta base, de evitar os riscos de explosão social que
o capitalismo convive ainda muito bem com o facto de deixar marginalizada uma quinta parte dos cidadãos.
Em termos de análise marxista, a transição em curso por decreto nas condições laborais, trata da passagem do antigo modelo de extração de
“mais-valia-absoluta”, feita tradicionalmente na organização das linhas de produção de modelo fordista, para a extração de
“mais-valia-relativa” assente na exploração do emprego a tempo parcial e em baixos salários para operários com qualificações intelectuais elevadas em trabalho tecnológico.
O que Cavaco Silva (e a tribo legislativa da pata-que-o-pôs) aprovou é a criação de condições para que as empresas – alheias a qualquer responsabilidade social, infringindo o direito internacional expresso nas directivas da ONU – possam
funcionar num sistema permanente de despedimentos/novas admissões por períodos curtíssimos, por forma que praticamente os patrões podem sempre dispor de mão de obra abundante sem contrair qualquer vinculo contratual legal definitivo com o trabalhador.
No final tudo se conjuga para o entendimento popular do novo paradigma: os Governos ajudam os Bancos com milhões sacando o dinheiro aos Contribuintes e, com o fruto do saque, os dois em conjunto financiam um
programa de destruição de empregos que prejudicam demasiado o lucro dos Patrões
* Visto de outro ângulo:
"Milhões de pessoas continuam a ser lixadas pelos Bancos que ajudaram a salvar" .
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