Política
Intensidades
Ando assim, um tanto melodramática, querendo fazer poemas arrebatados, desses intensos.Minhas intensidades no escrever não ousam tanto. Pra isso “roubo” palavras de Florbela, e sua alma sem igual.Palavras com o aumentativo na essência.
Blasfémia
Silêncio, meu Amor, não digas nada!
Cai a noite nos longes donde vim…
Toda eu sou alma e amor, sou um jardim,
Um pátio alucinante de Granada!Dos meus cílios a sombra enluarada,
Quando os teus olhos descem sobre mim,
Traça trémulas hastes de jasmim
Na palidez da face extasiada!Sou no teu rosto a luz que o alumia,
Sou a expressão das tuas mãos de raça,
E os beijos que me dás já foram meus!Em ti sou Glória, Altura e Poesia!
E vejo-me - milagre cheio de graça! …
Dentro de ti, em ti igual a Deus!…Florbela Espanca - Livro de Mágoas
loading...
-
Na Vitrine
Esta semana: Florbela Espanca Eu "Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, Sou a irmã do Sonho, e desta sorte Sou a crucificada… a dolorida… Sombra de névoa ténue e esvaecida, E que o destino amargo, triste e forte,...
-
Na Vitrine
Esta semana:Florbela Espanca "Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem Florbela estava ligada por fortes laços afectivos),...
-
Poesia No Domingo
Ouvi ontem esse poema meio cantado,meio recitado num DVD do Cordel do Fogo Encantado, grupo pernambucano maravilhoso. Dos Três Mal-amados Palavras De Joaquim (João Cabral de Melo Neto)O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato O amor comeu...
-
A Flor Mais Bela
Porque é domingo e poesia traz encanto pro dia. Acordei sentindo cheiro de maio no ar... É Primavera agora,meu Amor! O campo despe a veste de estamenha; Não há árvore nenhuma que não tenha O coração aberto,todo em flor! Ah! deixa-te vogar,calmo,ao...
-
E Nós Por Cá?
Como todas as pragas, também aqui nos chegou o esquecimento global Descem em mim poentes de Novembro A sombra dos meus olhos, a escurecer Veste de roxo e negro os crisântemos E desde que era meu já me não lembro Ah! a doce agonia de esquecer A lembrar...
Política