Negócios militares: uma nação independente dentro da Nação
Política

Negócios militares: uma nação independente dentro da Nação


(1) Três telegramas enviados em 2009 pelo então embaixador dos EUA Thomas Stephenson arrasam a organização de Defesa do Estado português – para além da compra de “brinquedos caros e inúteis” como os submarinos, inadequados para as tarefas prioritárias das missões de patrulha das zonas costeiras - o ex-embaixador descreve ainda um país de “generais sentados” (fora os brigadeiros e coronéis) dizendo que os responsáveis da Defesa (cujo comandante em chefe das Forças Armadas é Cavaco Silva) não são capazes de tomar decisões e que “os militares têm uma cultura de status quo, em que as posições-chave são ocupadas por carreiristas que evitam entrar em controvérsias”. O embaixador sublinha ainda que “Portugal tem a mais alta percentagem de almirantes e generais por metro quadrado e por soldado que quase todas as outras forças armadas mundiais. O terceiro telegrama da Wikileaks acusa Rui Machete dignitário do PSD e ex-presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD) de má gestão e de se recusar a prestar contas à Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa" (Público)

Crise?... só na economia civil...

Jornal I 22/Fevereiro: "A venda de armamento está a subir sustentadamente na última década. Desde 2002 o crescimento real foi de 59 por cento". Os dez maiores conglomerados produtores de armas segundo o relatório do SIPRI 2009 (em milhões de dólares):

01 - Lockheed Martin ------ Estados Unidos - 33.430
02 - BAE Systems --------- Grã-Bretanha --- 32.250
03 - Boeing Corp. ---------- Estados Unidos - 32.200
04 - Northrop Grummam -- Estados Unidos - 27.000
05 - General Dynamics -----Estados Unidos - 25.590
06 - Raytheon Corp. ------- Estados Unidos - 23.080
07 - EADS ------------------- União Europeia - 15.930
08 - Finmeccanica ---------- Itália ------------ 13.280
09 - L3Communications ---- Estados Unidos - 13.010
10 - United Techno. -------- Estados Unidos - 11.110

(1) A fotografia em cima à esquerda (publicada no jornal Público) é de uma criança que se "voluntariou" (ou melhor dizendo, foi voluntariada pelos pais) para efectuar exercicios militares no Dia de Defesa Nacional na Escola Militar do Porto
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