Política
Os 1,3 biliões de QE impressos pelo BCE excluem uma Grécia prestes a ser corrida do Euro
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Vamos destruir a base sobre a qual foi construído, década após década, um sistema, uma rede, que viciosamente suga toda a energia e todo o poder económico de todas as outras pessoas na sociedade” (Yanis Varoufakis o novo ministro das finanças Grego do governo de Alexis Tsipras, Janeiro de 2015)
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A Grécia só pode contar consigo. Graças a uma operação que envolveu uma pressão continuada, do BCE à CE, para desestabilizar finaceiramente a economia grega, incluindo por via da promoção da fuga de capitais, a situação é mais difícil hoje do que era no início em termos da relação de forças com os credores. Aparentemente, o novo governo grego não estava preparado para este nível de hostilidade e não tinha instrumentos para lhe fazer face, caso dos controlos de capitais. A mensagem do centro foi e é clara e os povos estão a escutá-la, dado que as pessoas não são parvas: toda a desobediência, por mais moderada e europeísta que seja, será punida e toda a obediência terá o seu prémio, por pequeno que este seja e obtido depois de muito sofrimento assimétrico e evitável, até por via do alívio das condições financeiras.
A moeda é uma arma do soberano. Como responderão os povos a isto?"
( João Rodrigues)
a Desvalorização Interna na Grécia
. Um ponto que parece relevante para falar sobre o
Grexit (saída da Grécia da euro) é que não está claro que a Grécia precise de um grande impulso para obter mais competitividade - a
"desvalorização interna" pela via da queda dos salários paga-se incrivelmente caro - mas a Grécia tem vindo a pagar custos incríveis, e tem conseguido uma queda acentuada nos salários. Porquê então a saida do euro pode acontecer? A resposta principal será a dos
bancos gregos, que estão dependentes da disponibilidade de um emprestador de última instância - um papel que o governo grego não pode jogar, porque não possui o controlo da emissão da moeda. Portanto, o que isto nos diz é que se a Grécia estiver a ser afastada para fora do euro, será porque Bruxelas e Frankfurt têm outra opção para
manter refém o sistema bancário grego - o argumento da Grécia que se recusou a pagar o resgate. É um tipo de perspectiva diferente, não é?
(Paul Krugman)Varoufakis recusa mais cortes, para este governo “Salários e pensões são sagrados” (Esquerda.net). E os economista da Troica sabem bem que
uma subida geral da taxa dos salários resulta numa queda da taxa geral do lucro (Marx). Os dados estão lançados,
haverá ruptura ou rendição?O deputado do Syriza Costas Lapavitzas responde a Varoufakis sobre a questão do euro. Enquanto o ministro das Finanças diz que foi errado a Grécia entrar mas seria um desastre sair, Lapavitsas contrapõe: “Se nos vemos presos numa armadilha, será um desastre tentarmos sair dela? É melhor esperar que a morte chegue?” (Entrevista Press Project)
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