Política
Os pais do Plano Real
Um belo texto extraído do blog do Luis Nassif para a nossa análise - Os pais do Plano Real.
Vejam bem leitores, nesses últimos anos, FHC foi escondido no armário porque os seus nunca tiveram coragem de defender 'o seu legado'.
E na verdade, setores da mídia como Rede Globo, Folha, Estadão, Veja nunca aceitaram que o PSDB tivesse sido ocultado no seu ostracismo político porque foi um excelente subserviente aos interesses do capital de fora, aos interesses da máquina de propaganda nazista que se instalou nesse país.
A verdade FHC foi um "aluno disciplinado" para esses setores da mídia que não tem compromisso com o nosso país.
O mal dessa direita nojenta, desde que o Brasil é o Brasil, é que ele ela não tem sentimento nacionalista, ao contrário governa pensando em satisfazer os interesses, principalmente do governo americano.
E esse mal que precisamos extirpar de nosso país. Podemos até aceitar tudo, menos uma elite no poder representada por FHC que não tem sentimento de pátria, de nacionalidade, antes é um grande servidor da aliança entre setores da mídia, partidos de direita e empresários com mentes colonizadas.
Vamos para a leitura do texto.
Os pais do Plano Real
Coluna Econômicado
O velório do ex-presidente Itamar Franco serviu para suscitar novas discussões sobre a paternidade do Plano Real. Fernando Henrique Cardoso chamou a si a autoria e, embora ressaltasse o apoio recebido de Itamar, sugeriu que em muitos momentos precisou convence-lo da importância do plano.
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Por etapas.
Desde o Plano Cruzado a tecnologia dos planos econômicos mágicos povoava o imaginário dos políticos brasileiros, de José Sarney a Itamar Franco, passando por Fernando Collor.
No quadro político complexo do país, em uma economia fortemente indexada, a ideia do plano mágico – ou da bala de prata, conforme dizia Collor – sempre sensibilizou governantes.
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Em 1993, o então chanceler Fernando Henrique Cardoso pensava firmemente em abandonar a política. Seu mandato de senador expiraria no ano seguinte, o PSDB não conseguira firmar uma grande bancada, eram nulas as possibilidades de ele ser reeleito senador e escassas as possibilidades de ganhar para deputado federal.
A tentativa da ala fernandista de aderir ao governo Collor havia esbarrado na resistência do governador paulista Mário Covas – que ameaçou abandonar o partido se FHC e José Serra o empurrassem para os braços de Collor. Era esse o quadro de FHC.
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O fracassado plano Cruzado havia jogado na cena política dois grupos de economistas. De um lado, os desenvolvimentistas da Unicamp, que acabaram sob a liderança do PMDB de Ulisses Guimarães, primeiro, de Orestes Quércia, depois.
De outro, os economistas de pacote – Pérsio Arida, André Lara Rezende, Chico Lopes – que se enturmaram na PUC do Rio de Janeiro.
Esse grupo esteve disponível para Sarney, Collor e ofereceria seus préstimos para o governante que solicitasse. Teriam montado o plano Real, fosse FHC, Rubens Ricúpero ou Ciro Gomes o Ministro da Fazenda.
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A ida de FHC para a Fazenda foi escolha pessoal de Itamar. O então chanceler estava em Nova York, na residência do embaixador Rubem Sardenberg, quando recebeu o convite. Vacilou, mas acabou aceitando.
Havia um pressuposto de se avançar na consolidação fiscal do Estado brasileiro, independentemente ou não de planos econômicos.
Em sua gestão, FHC foi um absoluto ausente. Não se via nele nenhum ato de vontade para resolver problemas prementes de contas públicas, apesar de, na posse, ter anunciado um suposto plano de 25 pontos de responsabilidade fiscal.
Durante toda a discussão do Real, nem ele, nem José Serra – que era seu amigo mais próximo – entenderam a lógica da URV e da desinercialização da economia.
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O grande feito de FHC, de fato, foi administrar as excentricidades de Itamar, sua impaciência no pré-Real.
O pós-Real foi inteiramente administrado por Ricúpero – até a entrevista infeliz que deu à TV Globo – e por Ciro Gomes, na época uma locomotiva destrambelhada defendendo a jogada da apreciação cambial – sem entender seus desdobramentos.
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A grande habilidade dos economistas do Real foi terem montado a maior jogada cambial da história – que enriqueceu a todos eles e também banqueiros de investimento associados – sem ser pecebida por duas pessoas sérias, o próprio Ricúpero e Ciro Gomes.
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Quando lancei meu livro "Os Cabeças de Planilha", encerrei com uma longa entrevista com FHC sobre os desdobramentos do Real. Mostrou-se um absoluto ignorante sobre a estratégia de poder que estava por trás das formulações dos seus economistas.
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