Política
Para sempre lembrada
Walnize Carvalho
Difícil ficar insensível à data de hoje: Dia das Mães, pois em cada canto da cidade esta figura ímpar é lembrada através de cartazes, anúncios, propagandas...
Tais lembranças são - até certo ponto - desnecessárias, já que elas estão patenteadas em nossos corações.Mesmo assim, nunca é demais reverenciá-las, pois estamos sempre carentes de colo e colo materno é o verdadeiro aconchego.
Assim sendo... é tempo de abraço, encontro e presente; como também de ausência, saudade e melancolia...
Floriculturas, bombonières e lojas de artigos diversos, por certo manterão suas portas abertas, à espera de filhos que deixaram para esta manhã (bela e significativa data) ir em busca de mimos para ofertá-las.
E muitos vão ao seu encontro: em suas casas, em hospitais, em asilos e também em cemitérios...
Há os que marcam presença através de telefonemas e mensagens.
Desencontros também existem e a lembrança dos momentos vividos nesta relação delicada (mãe e filho) é o que se faz presente.
De minha parte, que sou “três em um”- mãe, filha e avó - vivo constantemente nesta multiplicidade de emoções.
E, por falar em “três em um” (aparelho de som), volto no tempo. Fecho os olhos e visualizo a casa de infância. Sobre a cristaleira, o rádio derramando no ambiente acordes musicais recheados de ternura.
Os versos de uma canção “Ela é a dona de tudo/ Ela é a rainha do lar” calam fundo em meu coração.
E remexo na memória afetiva. O cartãozinho feito na escola com um coração desenhado e dentro escrito: “A mão que embala o berço dirige os destinos do mundo”, era o presente que se tinha para ofertar à mãe, que recebia “com o avental todo sujo de ovo”...
Paro. Relembro os versos do poema: “Para sempre” de Drummond , aprendidos e memorizados no ginásio: “Por que Deus permite/que as mães vão-se embora?/Mãe não tem limite,/é tempo sem hora,/luz que não apaga/quando sopra o vento/e chuva desaba,/veludo escondido/na pele enrugada,/água pura, ar puro,/puro pensamento./Morrer acontece/com o que é breve e passa/sem deixar vestígio./Mãe, na sua graça,/é eternidade./Por que Deus se lembra/- mistério profundo -/de tirá-la um dia?/Fosse eu Rei do Mundo/baixava uma lei:/Mãe não morre nunca,/mãe ficará sempre/junto de seu filho/e ele, velho embora,será pequenino/feito grão de milho.”...
Mais tarde (já no posto de mãe) cartões e presentes feitos pelos filhos na escola. E, de quebra, a inocente cantoria em dupla: “Mamãe, mamãezinha/ Gosto tanto de você/ E hoje que é seu dia/ Eu canto para você!” ...
Hoje, na condição de avó, aguardo com natural ansiedade um afago das netas: Giulia e Clara, que por certo, me telefonarão, já que moram em cidades distantes. E, de Valentina (neta terceira), que estando sempre juntinho de mim, o triplo abraço, representando a irmã e a prima...
Ao término do dia, cheia de contentamento e agradecimento, refletirei sobre a mãe que tenho; sobre os filhos que tenho; sobre as netas que tenho e a sublime importância em exercer múltipla função ( mãe,filha e avó) com o melhor de mim.
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