O aumento da tensão entre o Irã e o Ocidente vem pressionando o preço do petróleo nos últimos dias, principalmente após a decisão do Irã de cortar as exportações de petróleo para a Europa. Além do impacto da redução da exportação de 715 mil barris por dia (b/d), causa preocupação a possibilidade de o Irã dificultar a passagem de navios petroleiros pelo Estreito de Ormuz, por onde circulam cerca de 30% do trafego marítimo de óleo.
O petróleo continua sendo produto de alta importância estratégica, responsável por mais de 30% da matriz energética global. Seu consumo em escala mundial está perto dos 90 milhões de barris diários, e, nesta época de recessão, cresce a quase 1% ao ano. Em contrapartida, a produção tem apresentado taxas de crescimento menores em função da falta de reposição de reservas provadas.
A recente escalada dos preços do petróleo possui uma característica bem distinta daquela verificada em 2007 e 2008. A atual alta nos preços ocorre não obstante à queda da atividade econômica na Europa e ao menor crescimento em diversas outras economias do mundo. A pressão atual nos preços está ligada a fatores de oferta de petróleo, enquanto em 2007 e 2008 a alta foi provocada pelo forte aquecimento da demanda, uma vez que o mundo crescia de forma generalizada e a taxas pujantes.
Teoricamente, a redução de exportações de 715 mil b/d pode ser substituída por um eventual aumento de produção da Arábia Saudita. No entanto, esse aumento de produção diminuiria sobremaneira a capacidade ociosa para níveis bastante baixos, cerca de 1,3 milhão de b/d, o menor desde 2008.
A elevação do preço do petróleo e a perspectiva de que essa alta seja persistente reafirmam algumas preocupações relativas à política de preços de combustíveis no mercado doméstico. A primeira dessas preocupações diz respeito à situação da Petrobrás, que já estava registrando vultosos prejuízos mesmo antes da recente escalada dos preços.
Só em janeiro deste ano a Petrobrás já perdeu R$1 bilhão. Como a expectativa é de continuidade do crescimento da demanda doméstica por gasolina e diesel, as perdas efetivas da Petrobrás tendem a aumentar. O parque de refino brasileiro encontra-se no limite de sua capacidade e a demanda excedente será suprida com a elevação das importações, a preços mais altos.
Em ano eleitoral, o mais adequado seria a concessão do reajuste o mais breve possível, uma vez que a resistência a medidas impopulares no segundo semestre certamente aumentará.
O petróleo continua sendo produto de alta importância estratégica, responsável por mais de 30% da matriz energética global. Seu consumo em escala mundial está perto dos 90 milhões de barris diários, e, nesta época de recessão, cresce a quase 1% ao ano. Em contrapartida, a produção tem apresentado taxas de crescimento menores em função da falta de reposição de reservas provadas.
A recente escalada dos preços do petróleo possui uma característica bem distinta daquela verificada em 2007 e 2008. A atual alta nos preços ocorre não obstante à queda da atividade econômica na Europa e ao menor crescimento em diversas outras economias do mundo. A pressão atual nos preços está ligada a fatores de oferta de petróleo, enquanto em 2007 e 2008 a alta foi provocada pelo forte aquecimento da demanda, uma vez que o mundo crescia de forma generalizada e a taxas pujantes.
Teoricamente, a redução de exportações de 715 mil b/d pode ser substituída por um eventual aumento de produção da Arábia Saudita. No entanto, esse aumento de produção diminuiria sobremaneira a capacidade ociosa para níveis bastante baixos, cerca de 1,3 milhão de b/d, o menor desde 2008.
A elevação do preço do petróleo e a perspectiva de que essa alta seja persistente reafirmam algumas preocupações relativas à política de preços de combustíveis no mercado doméstico. A primeira dessas preocupações diz respeito à situação da Petrobrás, que já estava registrando vultosos prejuízos mesmo antes da recente escalada dos preços.
Só em janeiro deste ano a Petrobrás já perdeu R$1 bilhão. Como a expectativa é de continuidade do crescimento da demanda doméstica por gasolina e diesel, as perdas efetivas da Petrobrás tendem a aumentar. O parque de refino brasileiro encontra-se no limite de sua capacidade e a demanda excedente será suprida com a elevação das importações, a preços mais altos.
Em ano eleitoral, o mais adequado seria a concessão do reajuste o mais breve possível, uma vez que a resistência a medidas impopulares no segundo semestre certamente aumentará.