Política
Relembremos as funções em que Durão Barroso foi investido: ponta de lança dos Bushistas para a Europa
Pau mandado, mister figurehead, um badameco. Em Janeiro último Barroso passava o recado desde Bruxelas que o Fundo de Rasgate ao Euro tinha de ser reforçado. Estávamos na fase de concluir que
os programas de ajuda aos Bancos e os estímulos à Economia determinados a favor da rede financeira global comandada a partir de Wall Street/Washington
por George Bush desde o inicio da crise em 2008 não tinham sortido qualquer efeito... Três anos depois
a crise continuava a agravar-se.
No dia seguinte a chanceler Merkel reagiu através do seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, declarando a “intervenção de Barroso como desnecessária”. Privadamente o gabinete de Merkel mandou o recado a Barroso para estar calado, que “os 440 biliões de fundo de garantia permanente aos governos da Eurozona
não eram negócio da sua conta, uma vez que não eram dinheiro dele”
Durão Barroso amouchou as orelhas e, subserviente, nada mais disse. Sabemos hoje que
foi esse programa de “bailouts” a partir dos EUA que aumentou os défices nacionais na Europa gerando de forma agravada a crise das dívidas soberanas em cima da crise anterior. Aquilo que Soares chama de “
germanização da Europa pela inflexibilidade da Alemanha” nada mais é que a concentração capitalista do poder financeiro norte americano tomando como filial o Banco Central Europeu, reforçando-o no funcionamento ao serviço da
hegemonia do Dólar sobre o Euro no maior espaço comercial do mundo, na área territorial correspondente à ocupada pela Aliança do Atlântico Norte (Nato) sob
hegemonia do Pentágono. Foi com esta finalidade de
dominação, não de cooperação, que
o Euro foi criado.
A classe média da Europa que pague a crise gerada pela insustentabilidade dos Estados Unidos.
Barroso diz na entrevista de ontem a determinado ponto que no lugar que ocupa “
tem também trabalhado pelo bem de Portugal”. O conceito de “portugal” para este macaco resumir-se-á a um reduzidíssimo número de símios que não vêem o cu esfolado pelo esquema que ele macaqueia como sendo “
a economia social de mercado como consta no Tratado de Lisboa” – embrulho anti-democrático que, recorde-se não foi referendado pelos povos europeus.
(
Todas as citações em itálico a negrito neste post são de Durão Barroso embora não se encontrem no mesmo encadeamento manipulado em que ele as pronunciou).
Um dia depois de uma das agências de notação norte-americanas que manipulam os “mercados” terem
posto o “portugal dos barrosos” no Lixo, a bolsa de Lisboa perdeu 2 mil milhões de euros. Ontem, depois de novo ataque especulativo envolvendo a Itália, a bolsa de Lisboa perdeu outros 2,5 mil milhões – “
não é uma surpresa total” diz Barroso... “
regulamentar as agências de rating foi uma proposta da comissão no ano passado que não foi aprovada por ter sido considerada um ataque ao sistema de mercado livre (...)
implementar essa regulação “depende da vontade unânime de Todos os Estados membros”, blindagem dependente de 27 directórios politicos eleitos fraudulentamente que, como se sabe, torna quase impossível qualquer mudança.
“
Ainda hoje falei com a sra Merkel que me garantiu que a Alemanha tudo fará para garantir a estabilidade (...) mas
o novo aumento de 500 biliões de euros precisa de ser aprovado por unanimidade por todos os Estados-membros que são 27 Democracias (...)
É um processo complexo e demorará tempo... nos Estado totalitários poder-se-ia decidir sem consultar os Parlamentos... aqui não”.
Neste ponto, estupefacta, a malta vê parar o baile, o artista português Barroso dá uma cambalhota circence em volta do Tratado de Lisboa e acrescenta “
A Europa deve reconhecer o esforço de Portugal, o programa de austeridade do novo governo está muito à frente do programa da troika e foi referendado por 85 por cento dos deputados”... a União, o BCE e o FMI têm todas as garantias de que
cumpriremos o nosso programa de “ajustamento orçamental” e o programa de privatizações deles, como aliás nos impuseram
(continua)
(clique no recorte para ampliar)
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